O Itaú teve lucro líquido recorrente de R$ 13,911 bilhões no 1º semestre, um crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2018. Já o retorno sobre o patrimônio líquido do semestre foi de 23,6%, elevação de 1,6 pontos percentuais.
Mesmo com o excelente resultado, o Itaú eliminou 1.048 postos de trabalho entre março e junho de 2019. Além disso, no mesmo dia em que divulgou seu balanço, o banco anunciou um programa de demissão voluntária para 6,9 mil trabalhadores. Somente com a receita de prestação de serviço e tarifas, que teve alta de 2,4% em doze meses e alcançou R$ 19,301 bilhões, o Itaú cobre em 160,9% o total das suas despesas com pessoal.
“Não existe qualquer justificativa para um banco como o Itaú, com um lucro tão expressivo e sempre crescente, cortar mais de mil postos de trabalho em três meses. Como concessão pública que é, o Itaú deveria ter responsabilidade social e não contribuir ainda mais com a já altíssima taxa de desemprego no país”, critica a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
Outros números
A carteira de crédito total somou R$ 659,7 bilhões, crescimento de 5,9% em doze meses. A carteira PF cresceu 14,2%, impulsionada pelo crescimento do segmento de cartão de crédito (20,0%) e de crédito pessoal (16,9%), totalizando R$ 221,5 bilhões. Já a carteira de crédito PJ variou 4,3% no período e totalizou R$ 177 bilhões, impulsionada pelo segmento de Veículos (91,7%) e crédito rural (28,0%).
O índice de inadimplência acima de 90 dias no Brasil ficou em 3,5%, queda de 0,1 p.p. em relação a junho de 2018, enquanto na América Latina o índice foi de 1,4%, a mesma queda em relação ao mesmo período do ano passado.
A provisão para devedores duvidosos (PDD) totalizou R$ 8,416 bilhões no semestre, e expandiu 11,5% no período. Segundo o banco, o aumento da provisão se deu ao aumento da carteira PF.
O banco fechou, somente entre o 1º e 2º trimestre, 195 agências físicas. Em relação às agências digitais, houve aumento de apenas uma unidade no último trimestre. Porém, em doze meses foram abertas 36 novas unidades.