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Chapéu
Campanha Nacional 2020

Bancários de São Paulo se organizam pela manutenção do emprego e direitos

Linha fina
Bancários do Estado vão se manter na luta por condições adequadas para o regime de home office; prioridade será organizar os trabalhadores pela renovação da Convenção Coletiva de Trabalho em meio à pandemia e ao cenário adverso imposto por um governo contrário aos direitos sociais e trabalhistas
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Os bancários do Estado de São Paulo definiram suas prioridades para a Campanha Nacional Unificada 2020. A 22ª Conferência Estadual dos Bancários de São Paulo, realizada neste sábado 4 de julho, de forma virtual, votou a pauta de reivindicações que será levada ao debate na Conferência Nacional, que aprovará a pauta final de reivindicações, a ser entregue à federação dos bancos (Fenaban).

A Conferência Nacional será realizada nos dias 17 e 18 de julho. Os congressos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal serão realizados de 10 a 12 de julho. A data base da categoria é 1º de setembro.

Mesmo em isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus, a categoria bancária será chamada a participar da campanha, inicialmente respondendo à Consulta Nacional aos Bancários, que permite a todos os trabalhadores darem sua opinião sobre temas importantes, as prioridades da campanha, as formas como os sindicatos devem se comunicar e até como pretende participar das ações da campanha.

Participaram da 22ª Conferência Estadual dos Bancários de São Paulo 325 delegados eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias (veja abaixo plano de lutas).

 “Este ano o movimento sindical bancário terá como prioridade a manutenção dos empregos e direitos, duramente conquistados e ameaçados por conta do fechamento de postos de trabalho e do home office definitivo, que acarretará em inúmeros prejuízos aos bancários se não houver uma regulamentação com a participação dos representantes dos trabalhadores”, afirma Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. “Vamos lutar para impedir que as formas precárias de contratação e condições de trabalho se tornem uma realidade dentro da categoria”, acrescenta.

 

 

Por conta da pandemia do coronavírus,o movimento sindical garantiu que cerca de 350 mil bancários se mantenham em regime de teletrabalho por conta da covid-19.

“Contudo, os bancos querem implantar o home office definitivo unicamente para reduzir seus custos, mas nós temos de estabelecer critérios para manter condições adequadas de trabalho, com garantias de saúde e segurança, e cobrar para que os bancos se responsabilizem pelos equipamentos e estrutura necessária, além de garantias que a jornada de trabalho será respeitada”, enfatiza Ivone.

“Vamos reivindicar a defesa do papel dos bancos públicos, que estão sendo desmontados pela atual administração e a defesa dos empregos diante do impacto das novas tecnologias no setor financeiro que investe R$ 25 bilhões ao ano em TI, fazendo com que 63% das transações financeiras sejam realizadas em canais digitais, o que garante aos bancos enorme redução de custos administrativos e com força de trabalho. É inadmissível que os bancos não dividam com os trabalhadores e com a sociedade esses ganhos", acrescenta a dirigente. 

Ataques aos direitos humanos, trabalhistas e sociais

Além deste cenário que atinge frotalmente a categoria bancária, o conjunto da sociedade brasileira ainda enfrenta ameaças do governo Bolsonaro representadas por ataques aos direitos dos trabalhadores, humanos e sociais; à saúde; à ciência; à educação; à cultura; aos negros; além do aumento da violência contra as mulheres por conta do isolamento social imposto pela pandemia.

Ivone ressalta que essa conjuntura adversa impõe à categoria bancária inúmeros desafios e motivos de sobra para mobilização e luta.

“Os bancários integram a classe trabalhadora, e estamos em uma luta de classes constante, intensificada pela conjuntura atual imposta por um governo que é contra direitos trabalhistas, sociais e humanos; antipopular e anti-Brasil. Temos de enfrentar não só o fechamento de postos de trabalhos bancários, como também as ameaças promovidas pelas forças que controlam o poder e que pretendem privatizar o petróleo, a água e as empresas públicas; transformar nossas florestas em pastos para o lucro dos ruralistas; retirar direitos do funcionalismo público; e destruir o que resta das políticas públicas”, enumera Ivone.

“Por tudo isto, a categoria bancária tem inúmeros motivos para se mobilizar e lutar pelos seus direitos e por um país mais digno e que possibilite um futuro melhor para os nossos filhos”, finaliza a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Plano de Lutas definido na 22ª Conferência Estadual dos Bancários

– Manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho e da mesa de negociação com os bancos;

– Em defesa do emprego;

– Pela continuidade do aumento real e PLR;

– Contra o fechamento de agências e departamentos;

– Em defesa dos bancos públicos e da sua função social;

– Regulamentação da jornada de Teletrabalho;

– Sindicalização eletrônica;

– Bancarização X Fechamento de agencias;

– Crédito com juros baixos para impulsionar o crescimento e distribuição de renda;

– Defesa dos bancos públicos;

– Saúde e condições de trabalho;

– Defesa da democracia;

– Apoiar candidaturas nas eleições municipais de 2020 que defendamos os direitos dos trabalhadores e os bancos públicos;

– Ampliar o acesso dos brasileiros aos bancos;

– Defender a concessão de crédito com juros baixos, para impulsionar o crescimento econômico e a distribuição de renda;

– Ampliar nossa representação através dos que defendem os direitos dos trabalhadores e dos bancos públicos.

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