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Chapéu
Contra o desmonte do BB

Sindicato leva campanha nacional “O bom do BB é” para bairro do Grajaú

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Dirigentes sindicais em ato em frente a agência do BB no Grajaú

Dirigentes sindicais estiveram mais uma vez alertando a população, clientes, usuários e bancários do Banco do Brasil sobre o desmonte promovido no banco público pelo governo federal. Desta vez, a campanha nacional “O bom do BB é” foi até a agência da Avenida Belmira Marin, no bairro do Grajaú, zona sul de São Paulo. No local, os sindicalistas conversaram com a população sobre as demissões e fechamento de agências que vêm ocorrendo no banco por conta das recorrentes reestruturações.

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“Conversamos com a população sobre a importância do Banco do Brasil e como, com essa reestruturação, a direção do banco está desmontando seu papel de banco público, que deveria atender todos os cidadãos sem discriminação de renda. Mas vemos que não é o que ocorre: os usuários do banco no Grajaú, muitos deles idosos que precisam de atendimento presencial uma vez que não conseguem usar os canais digitais, chegam a passar mais de duas horas na fila, devido ao corte de pessoal. Vemos que enquanto nos bairros nobres, as agências do BB estão tranquilas, nesta da Belmira Marin, as filas são sempre muito grandes. Isso é desrespeito com os brasileiros, principalmente os que residem em bairros periféricos e municípios menores”, criticou o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo Antônio Netto, bancário do BB.

A também dirigente do Sindicato e bancária do BB Ana Beatriz Garbelini destacou a sobrecarga dos funcionários da unidade. “Recentemente muitos bancários desta agência foram contaminados pelo coronavírus. O banco seguiu o protocolo recomendado e defendido pelo Sindicato, afastando os funcionários, mas isso causou filas ainda maiores nas agências próximas, como a de Interlagos e a de Cidade Dutra. Ou seja, a redução no número de funcionários e episódios como este causam sobrecarga para toda a região. Por isso, reivindicamos mais contratações por meio de concurso público, melhores condições de trabalho para os bancários e atendimento digno à população. O BB tem de cumprir seu papel de banco público, e não adotar uma gestão de banco privado, priorizando clientes de maior renda e os canais digitais”, disse, acrescentando que muitos dos usuários do banco no Grajaú não têm acesso à internet de qualidade.

A última reestruturação no BB resultou em 5.533 mil postos de trabalho a menos. Esses trabalhadores saíram do banco por meio do Programa de Desligamentos Extraordinários e do Programa de Adequação de Quadros. Além disso, a direção do BB pretende fechar 361 unidades unidades do banco em todo o país.

Também estiveram presentes na atividade o vereador Alfredinho (PT), que é morador do bairro, e o também dirigente do Sindicato e vice presidente da CUT-SP, Luiz Cláudio Marcolino. Alfredinho destacou a luta da população em prol do Banco do Brasil e sua importância para o país.

Marcolino lembrou das lutas no bairro por serviços e destacou a importância do BB. “Os moradores do Grajaú se organizaram para reivindicar unidade básica de saúde, escolas, corredores de ônibus, mas não devemos esquecer que banco público também é um serviço essencial e fundamental na região, por isso estamos aqui, junto com a população, lutando pela defesa do BB e contra seu desmonte.”

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