Dirigentes sindicais bancárias reuniram-se com a equipe da Secretaria Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, do Ministério das Mulheres, para debater e apresentar contribuições aos programas de equidade de gênero do governo federal; e para expressar a preocupação do movimento sindical com relação à emancipação e ao empoderamento das mulheres nos bancos, especialmente nos públicos.
Na reunião foram debatidas as seguintes pautas:
- Situação da mulher trabalhadora, desigualdade salarial e dificuldades de ascensão profissional;
- Apresentação do diagnóstico da mulher trabalhadora no setor financeiro, a visão do movimento sindical sobre o mercado de trabalho e suas propostas;
- Contribuições aos eixos do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do Governo Federal;
- Apresentação da experiência da negociação coletiva dos bancários com relação ao combate à violência contra a mulher e contra o assédio sexual e moral.
Durante a reunião, realizada nesta segunda-feira 17, as representantes das trabalhadoras de bancos detalharam as experiências do movimento sindical bancário, como a mesa de igualdade de oportunidades com a Fenaban, que está completando 23 anos neste ano. No período, já foram realizados três censos com a categoria bancária que apontaram a desigualdade salarial entre homens e mulheres, e negros e não negros.
“Ressaltamos que o movimento sindical bancário é muito militante na pauta de combate à desigualdade de gênero, ao assédio moral e à violência contra a mulher. E queremos contribuir com a nossa experiência para ajudar a mobilizar o governo e a sociedade para este tema e para a implementação da lei de igualdade salarial”, enfatiza Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região.
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Convenção 190 da OIT
O movimento sindical bancário promove campanha pela ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho– que reconhece o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e de assédio –, e sua posterior implementação por meio da efetivação de políticas e capacitação dos gestores públicos, adesão das empresas privadas à convenção, e fiscalização do programa.
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“Sugerimos uma campanha ampla para o combate à misoginia, pela promoção de estratégias para a emancipação das mulheres e para o combate à violência de gênero, incluindo nestas discussões o Congresso Nacional. Também reforçamos a importância da criação de mecanismos que permitam que mais mulheres ocupem espaços na política e na sociedade, buscando com isso que todas tenham condições de se manter financeiramente e de trilhar carreiras profissionais da mesma forma que os homens”, relata Neiva Ribeiro.
Além de Neiva Ribeiro, estiveram presentes na reunião Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT; Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Contraf-CUT; e Juneia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT.
Representando o governo, participaram da reunião Rosane da Silva, secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados; e Maria Helena Guarezi, secretária-executiva do Ministério das Mulheres.
“Esta foi a primeira reunião e nós vamos participar de outras, porque queremos fortalecer com o governo esta pauta que nós já discutíamos nas campanhas nacionais da categoria bancária: pela igualdade, contra o assédio e por uma sociedade livre de violência e de assédio.”
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de São Paulo, Osasco e Região