O Sindicato dos Bancários de São Paulo paralisou uma agência do Santander na rua Estados Unidos, nos Jardins, onde os bancários trabalham sobrecarregados – metade do quadro está afastado por doença, e a outra metade tem de lidar com as metas excessivas e com o alto número de clientes no local.
A paralisação foi suspensa porque o banco se comprometeu a realocar um gerente-geral até o dia primeiro de agosto, quando assumirá um novo gestor na unidade.
“Reivindicamos do Santander a contratação de mais funcionários, tanto para atender melhor a população, como para não sobrecarregar os trabalhadores a fim de evitar adoecimentos”, afirma Beatriz Fuganti, diretora do Sindicato e bancária do Santander.
Nesta quinta-feira 25, mesmo dia da paralisação, foi realizada mais uma rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2024 com o tema saúde e condições de trabalho, na qual os representantes dos trabalhadores reforçaram a epidemia de adoecimentos causada justamente pelas metas abusivas e pela sobrecarga de trabalho gerada pela redução dos postos de trabalho.
Na mesa de negociação, contudo, os bancos negaram a realidade ao não reconhecerem a relação entre as metas e o adoecimento mental da categoria. “Mas é difícil explicar como apesar de representar apenas 0,8% do emprego formal no Brasil, em 2022, a categoria bancária respondeu por 3,7% dos 105,2 mil afastamentos acidentários e 1,5% dos 928,5 mil afastamentos previdenciários naquele ano”, afirma Beatriz.
Além disso, a Consulta Nacional, respondida por 47 mil bancários e bancárias, apontam que a categoria têm preocupação com o trabalho, cansaço e fadiga constantes, dificuldade de dormir, medo de perder a cabeça e outros sintomas causados pelo trabalho.
“O Sindicato continuará acompanhando a agência da rua Estados Unidos. E os bancários devem denunciar ao canal de denúncias do Sindicato qualquer irregularidade”, afirma Beatriz.
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