São Paulo – Os funcionários do Ceic do Itaú, concentração com cerca de 8.500 funcionários, já estão por dentro da campanha deste ano. Dirigentes sindicais estiveram no local pela manhã distribuindo a edição da Folha Bancária sobre as primeiras rodadas de negociação com os banqueiros, que trataram dos temas emprego e saúde.
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“Os trabalhadores foram receptivos e reforçamos as principais reivindicações da campanha, informamos sobre essas primeiras negociações, em que os banqueiros se mostraram bem desinformados sobre os problemas que os bancários enfrentam no dia a dia, em sua rotina de trabalho, com assédio moral, pressão por metas”, relata o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú Sergio Francisco.
Chega de demissões! – Os dirigentes conversaram com os trabalhadores sobre as demissões deste ano. “Durante a atividade um bancário se manifestou sobre a importância do fim das metas abusivas que vêm adoecendo a categoria. Somente com mobilização de todos teremos uma campanha vitoriosa”, ressalta o dirigente.
> Bancários cobram retomada das contratações
O Itaú é o maior banco privado brasileiro. Em um ano, a instituição financeira fechou 9 mil postos de trabalho. No fim do semestre, após diversas manifestações do Sindicato, a direção do banco se comprometeu “reduzir o turn over”, freando então as dispensas.
> Com mobilização, bancários freiam demissões
A redução do número de vagas, uma tendência injustificada do setor que mais lucra no Brasil, é mais expressiva no Itaú que em outros bancos. O assunto preocupa o Sindicato e foi tema de reportagens na grande mídia nesta semana.
O jornal O Estado de S. Paulo noticiou que “de acordo com dados obtidos no balanço do banco, o Itaú empregava 92.517 pessoas no País em junho deste ano, 9.014 menos que em junho de 2011. Boa parte dessa redução ocorreu recentemente, com um corte de 3.777 vagas entre março e junho. De janeiro a junho, o saldo é negativo em 5.741 postos”.
Uma das reivindicações da pauta entregue aos banqueiros no dia 1º de agosto é a ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações e aprovação da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe dispensas imotivadas.
Gisele Coutinho – 9/8/2012
