São Paulo – Representantes dos trabalhadores e da federação das financeiras (Fenacrefi) retomaram as negociações da campanha salarial 2012. Os temas tratados nesta segunda 27 foram relacionados às comissões dos trabalhadores e ao combate ao assédio moral.
> Financiários lutam por unificação da data base
Na reunião, o Sindicato reivindicou que as comissões por venda de crédito dos financiários constem no holerite. Essa proposta, no entanto, foi rejeitada pela Fenacrefi, alegando ser questão de gestão de cada empresa. “Discordamos desse entendimento e deixamos claro que esse procedimento é irregular. Quando não se coloca a comissão no holerite, esse dinheiro não incide nas férias, no 13º salário, no Fundo de Garantia e no recolhimento para a Previdência Social”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.
A dirigente sindical destaca que atualmente as comissões chegam a corresponder a 80% da remuneração mensal do financiário. “Essa lógica empurra esse trabalhador a vender cada vez mais para ter o salário um pouco mais elevado. Uma das nossas principais reivindicações é mudar essa realidade. Com salários melhores e dependendo menos de comissões, eles terão mais tranquilidade para trabalhar e ofertar crédito de acordo com a condição de cada pessoa”, acrescenta Raquel.
Assédio moral – Na discussão sobre o instrumento de combate ao assédio moral, os representantes das financeiras reconheceram que embora a cláusula já conste em acordo coletivo não houve adesão por parte das empresas. Cobrada pelos representantes dos empregados, a Fenacrefi disse que irá renovar a cláusula e que entrará em contato com seus filiados para que assinem o documento.
A reunião seguinte, com data a ser marcada, tratará dos temas terceirização e correspondentes bancários.
Redação - 27/8/2012
