São Paulo – A lei municipal que proíbe o uso do celular dentro de agências bancárias completou um ano nesta segunda-feira 27. Apesar de ter sido aprovada com a justificativa de que coibiria os crimes chamados “saidinhas de banco”, os números demonstram o oposto.
> Em três semanas, 43 vítimas de “saidinha de banco”
É o que expõe a pesquisa nacional realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV). Somente no primeiro semestre de 2012 foram assassinadas 27 pessoas durante assaltos às agências do país, aumento de 17% se comparado ao mesmo período do ano passado.
O Sindicato, desde a aprovação da lei, é contra a medida por entender que não contribui para combater o crime, além de transferir para os clientes a responsabilidade com segurança que deve ser assumida pelo banco.
Por isso, o Sindicato defende a adoção de outros mecanismos que coíbam de fato os crimes a que estão expostos clientes, bancários e vigilantes. Dentre as propostas estão: proibição da guarda das chaves e de transporte de valores pelos bancários; instalação de portas de seguranças antes do autoatendimento em todas as agências; implementação de biombos que dificultem a visualização das operações dos clientes nos caixas e nos autoatendimentos; implantação de mais câmeras internas e externas; e isenção das tarifas de transferência (TED, DOC e ordens de pagamento) dos clientes como forma de reduzir a circulação de dinheiro dentro e nos arredores das agências.
Leia mais
> Bancários propõem projeto piloto de segurança
Redação – 27/8/2012
Linha fina
Sindicato continua contra medida por entender que não coíbe crime de “saidinha de banco”; no último ano ocorrências só aumentaram
Imagem Destaque