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Terceirizadas assaltadas ao transportar valores

Linha fina
Situação demonstra precarização e falta de segurança para o trabalho a que estão submetidos os terceirizados dos correspondentes bancários
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São Paulo – O assalto a que foram vítimas duas funcionárias de um correspondente bancário deixa evidente a falta de segurança e as condições precárias a que estão expostos os trabalhadores terceirizados. Ao ter de fazer a entrega do montante recolhido da empresa à agência bancária do Bradesco, as funcionárias foram surpreendidas pelos assaltantes e obrigadas a entregar o dinheiro para preservarem suas vidas.

O Sindicato defende que esse transporte de valores seja feito somente por vigilantes profissionais com treinamento. No entanto, os trabalhadores terceirizados, além de realizar essa função, estão sujeitos a trabalhar sem segurança, pois os correspondentes não são obrigados a ter câmeras, portas de segurança ou outros mecanismos que coíbam os assaltos.

Precarização – A empresa alvo dos assaltantes fica na Avenida Ataíde Teve, em Roraima, justamente ao lado de uma agência do Bradesco. Essa realidade reforça a denúncia que o Sindicato faz há tempos: os bancários estão sendo demitidos e substituídos por correspondentes, onde trabalham funcionários em condições precarizadas, pois não possuem representação formal e não têm os mesmos salários e direitos que a categoria bancária.

Com cada vez menos funcionários nas agências, os bancos acabam empurrando os clientes, principalmente os de menor renda, para fazer suas transações em supermercados, lotéricas ou lojas.

Histórico – No início da década de 2000 o número de correspondentes era pequeno, mas em 2010 chegaram a 158 mil e, este ano, já ultrapassaram os 300 mil.

A abertura de correspondentes é mais uma estratégia das instituições financeiras para cortar gastos com atendimento e com trabalhadores. Enquanto isso, o número de bancários nas agências diminui.

Em 12 meses (de junho de 2011 a junho de 2012), somente o Itaú reduziu mais de 9 mil vagas. No último trimestre, o Bradesco cortou 571 postos e o Santander, 135.


Redação, com informações da Folha de Boa Vista – 9/8/2012

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