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Trabalhadores na luta contra a terceirização

Linha fina
CUT e demais centrais tentaram dialogar, mas empresários insistiram e PL das terceirizações será votado na CCJ na quarta 14
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São Paulo – A CUT e as demais centrais sindicais debateram por mais de cinco horas com representantes dos empresários, do governo federal e do Congresso para mais uma rodada de negociações sobre o Projeto de Lei (PL) 4330, que regulamenta a terceirização fraudulenta. Porém, nessa reunião realizada na segunda-feira 12, os sindicalistas depararam-se com a intransigência dos empresários que não abriram mão de colocar o texto em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já na quarta-feira 14.

De autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), o projeto já recebeu o aval do de Arthur Maia (PMDB-BA), relator do PL na CCJ, e depende apenas da aprovação na comissão para seguir ao Senado.

A CUT solicitou que o debate fosse estendido por mais 30 dias na Comissão, mas os empresários negaram, dizendo que o debate deve continuar no Congresso.

“Os empresários não deveriam pensar somente neles. Se realmente estivessem preocupados com o país, teriam continuado na mesa de negociação que é o caminho para o acordo. Remeter esse projeto ao Congresso, onde muita gente vai opinar sem ter conhecimento de causa e sem ter acompanhado o debate, pode fazer com que se torne algo bem pior do que já é e pode não servir nem a empregadores, nem aos trabalhadores”, afirmou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.

Vigília – O movimento sindical inicia hoje uma vigília no Congresso Nacional com o objetivo de barrar a votação do PL 4330 na CCJ. Dirigentes do Sindicato estarão lá, com o o objetivo de defender os direitos dos trabalhadores. “Milhares de bancários foram transformados em terceirizados, com menos direitos e desrespeito a uma série de conquistas da categoria. Se esse PL for aprovado, muito mais trabalhadores serão terceirizados e não podemos permitir essa retirada de direitos”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, que está em Brasília.

“Vamos iniciar uma vigília com milhares de trabalhadores de todo o país já na tarde desta terça-feira 13 e continuaremos a mobilização na quarta. Porque ainda há três pontos importantes sobre os quais não temos acordo: a representação sindical, sem a qual não tem como assegurar os direitos dos trabalhadores, os limites para a terceirização e a responsabilidade solidária, para que a empresa contratante assuma a responsabilidade quando a terceirizada não cumprir os direitos trabalhistas”, completa Nobre.


Redação, com informações da CUT – 13/08/2013

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