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São Paulo – O lucro líquido da Caixa foi de R$ 2,448 bilhões no primeiro semestre de 2016, o que representa queda de 24,7% em relação ao mesmo período de 2015. Apesar do resultado positivo, o banco reduziu substancialmente o número de postos de trabalho: foram 2.235 empregos a menos em doze meses (junho de 2015 a junho de 2016), sendo que 1.304 vagas foram cortadas apenas em três meses (entre março e junho).
Por outro lado, houve aumento significativo no número de clientes: mais 4,231 milhões em doze meses, passando para um total de 85,080 milhões de clientes.
“Os números do balanço reforçam o que o movimento sindical já vem denunciando há tempos. A extinção de empregos na Caixa, que é resultado das aposentadorias pelo PAA [Plano de Apoio à Aposentadoria] sem a devida reposição, aumenta a intensidade do trabalho bancário e precariza o atendimento à população. E isso aumenta o adoecimento entre os empregados, por conta dessa sobrecarga”, denuncia o diretor executivo do Sindicato e coordenador nacional da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis. “Nossa campanha já começou e mais contratações é prioridade da nossa pauta de reivindicações, que já está com a direção do banco”, acrescenta.
> Nenhum direito a menos, viu Caixa?
O dirigente ressalta que só com as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias (R$ 10,9 bilhões, crescimento de 9,5% em doze meses), o banco cobre em 104% a folha de pessoal (a despesa de pessoal, incluindo PLR, totalizou R$ 10,449 bilhões e cresceu apenas 3,9% na comparação com o primeiro semestre de 2015).
Papel da Caixa – Dionísio destaca ainda outro dado do balanço: a carteira de crédito ampliada cresceu apenas 6,7% (saldo de R$ 691,6 bilhões) no primeiro semestre de 2016, bem menos do que o crescimento registrado no primeiro semestre de 2015, que foi da ordem de 17%. “Esse dado põe em cheque o próprio papel da Caixa Econômica Federal. Como banco público que é, a instituição deveria atuar com uma política anticíclica em tempos de recessão, ampliando a oferta de crédito e com juros mais baixos que os de mercado, contribuindo com o consumo e com o crescimento da economia do país. Mas a Caixa passou a adotar a mesma política recessiva, de restrição ao crédito e de juros altos dos bancos privados”, critica. “E é importante lembrar: o desenvolvimento do país e do crédito é também o crescimento da Caixa.”
Em doze meses, o banco abriu apenas quatro novas agências. O dirigente lembra que, além de diminuir o número de bancários por unidade, a Caixa ameaça fechar agências com a justificativa de que elas são deficitárias. “Isso é uma falácia. A direção tem avaliado o desempenho das agências de forma exclusivamente financista, desprezando o papel social que essas unidades representam. Muitas delas não se situam em regiões de alta renda, mas cumprem uma função social muito importante para a população. E com esse argumento, a direção ameaça implantar uma política de fechamento de agências. Sem levar em conta inclusive a importância que tem para a marca do banco ter agências espalhadas por todo o país.”
Outros números – O resultado da intermediação financeira alcançou R$ 11 bilhões, evolução de 3,3% em doze meses, influenciada principalmente pelo crescimento das receitas com títulos e valores mobiliários (+ 62,8%). “Mais um elemento que comprova a necessidade de se ganhar com o volume das operações de crédito e não com juros da dívida pública, estagnando a economia”, aponta Dionísio. “Essa gestão equivocada reduz o resultado da Caixa.”
O crédito habitacional evoluiu 7,2% em doze meses e o saldo foi de R$ 393,7 bilhões. Essa carteira continua sendo o principal destaque de crédito do banco e representou 66,7% do mercado.
O segmento de pessoas físicas registrou saldo de R$ 103,4 bilhões, alta de 3,8%, quando comparado ao primeiro semestre de 2015. O crédito às pessoas jurídicas registrou saldo de R$ 92,1 bilhões, 3,9% menor na comparação com o mesmo período de 2015.
O saldo das operações de saneamento e infraestrutura apresentou alta de 20% em 12 meses, somando R$ 75,9 bilhões.
O índice de inadimplência total acima de 90 dias foi de 3,2% no final do primeiro semestre de 2016, o que significa melhora de 0,31 p.p em relação ao primeiro trimestre de 2016 (3,51%), mas piora em relação ao primeiro semestre de 2015 (+0,35 p.p.).
A despesa de PDD (provisão para devedores duvidosos) cresceu 5,1% e totalizou R$ 10,067 bilhões.
No entanto, o resultado de instrumentos financeiros derivativos obteve queda significativa: negativo em R$ 7,762 bilhões. No mesmo período de 2015, tinha sido positivo em R$ 2,018.
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> Primeira negociação com a Caixa será no dia 17
Redação – 12/8/2016
Por outro lado, houve aumento significativo no número de clientes: mais 4,231 milhões em doze meses, passando para um total de 85,080 milhões de clientes.
“Os números do balanço reforçam o que o movimento sindical já vem denunciando há tempos. A extinção de empregos na Caixa, que é resultado das aposentadorias pelo PAA [Plano de Apoio à Aposentadoria] sem a devida reposição, aumenta a intensidade do trabalho bancário e precariza o atendimento à população. E isso aumenta o adoecimento entre os empregados, por conta dessa sobrecarga”, denuncia o diretor executivo do Sindicato e coordenador nacional da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis. “Nossa campanha já começou e mais contratações é prioridade da nossa pauta de reivindicações, que já está com a direção do banco”, acrescenta.
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O dirigente ressalta que só com as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias (R$ 10,9 bilhões, crescimento de 9,5% em doze meses), o banco cobre em 104% a folha de pessoal (a despesa de pessoal, incluindo PLR, totalizou R$ 10,449 bilhões e cresceu apenas 3,9% na comparação com o primeiro semestre de 2015).
Papel da Caixa – Dionísio destaca ainda outro dado do balanço: a carteira de crédito ampliada cresceu apenas 6,7% (saldo de R$ 691,6 bilhões) no primeiro semestre de 2016, bem menos do que o crescimento registrado no primeiro semestre de 2015, que foi da ordem de 17%. “Esse dado põe em cheque o próprio papel da Caixa Econômica Federal. Como banco público que é, a instituição deveria atuar com uma política anticíclica em tempos de recessão, ampliando a oferta de crédito e com juros mais baixos que os de mercado, contribuindo com o consumo e com o crescimento da economia do país. Mas a Caixa passou a adotar a mesma política recessiva, de restrição ao crédito e de juros altos dos bancos privados”, critica. “E é importante lembrar: o desenvolvimento do país e do crédito é também o crescimento da Caixa.”
Em doze meses, o banco abriu apenas quatro novas agências. O dirigente lembra que, além de diminuir o número de bancários por unidade, a Caixa ameaça fechar agências com a justificativa de que elas são deficitárias. “Isso é uma falácia. A direção tem avaliado o desempenho das agências de forma exclusivamente financista, desprezando o papel social que essas unidades representam. Muitas delas não se situam em regiões de alta renda, mas cumprem uma função social muito importante para a população. E com esse argumento, a direção ameaça implantar uma política de fechamento de agências. Sem levar em conta inclusive a importância que tem para a marca do banco ter agências espalhadas por todo o país.”
Outros números – O resultado da intermediação financeira alcançou R$ 11 bilhões, evolução de 3,3% em doze meses, influenciada principalmente pelo crescimento das receitas com títulos e valores mobiliários (+ 62,8%). “Mais um elemento que comprova a necessidade de se ganhar com o volume das operações de crédito e não com juros da dívida pública, estagnando a economia”, aponta Dionísio. “Essa gestão equivocada reduz o resultado da Caixa.”
O crédito habitacional evoluiu 7,2% em doze meses e o saldo foi de R$ 393,7 bilhões. Essa carteira continua sendo o principal destaque de crédito do banco e representou 66,7% do mercado.
O segmento de pessoas físicas registrou saldo de R$ 103,4 bilhões, alta de 3,8%, quando comparado ao primeiro semestre de 2015. O crédito às pessoas jurídicas registrou saldo de R$ 92,1 bilhões, 3,9% menor na comparação com o mesmo período de 2015.
O saldo das operações de saneamento e infraestrutura apresentou alta de 20% em 12 meses, somando R$ 75,9 bilhões.
O índice de inadimplência total acima de 90 dias foi de 3,2% no final do primeiro semestre de 2016, o que significa melhora de 0,31 p.p em relação ao primeiro trimestre de 2016 (3,51%), mas piora em relação ao primeiro semestre de 2015 (+0,35 p.p.).
A despesa de PDD (provisão para devedores duvidosos) cresceu 5,1% e totalizou R$ 10,067 bilhões.
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