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Financiários rejeitam proposta da Fenacrefi

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Índice de 7,86% apresentado para reajuste salarial não cobre nem a inflação do período e foi rechaçado na mesa de negociação
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São Paulo - Desrespeito com os trabalhadores. Este é o resultado da segunda rodada de negociação com a Fenacrefi, realizada nesta terça-feira 2, em São Paulo. A Federação das Financeiras apresentou a proposta de reajuste de 7,86% para as cláusulas econômicas (correspondente a 80% do INPC de 9,83%, referente a junho/2016). O índice está muito aquém da reivindicação dos financiários, de reposição da inflação, mais 5% de aumento de real, e foi rejeitado, pelos representantes dos trabalhadores, na própria mesa de negociação (veja abaixo as reivindicações).

Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Financiários, a Fenacrefi, assim como todo o setor empresarial, precisa assumir, neste momento de crise, um compromisso com o emprego, para que o país volte a crescer.  “A Fenacrefi propõe a correção dos pisos e salários com índice absolutamente rebaixado que aponta para perdas futuras. Recusamos, evidentemente, e a negociação continua. Tenho certeza que vai prevalecer o bom senso na reposição das perdas inflacionárias do período.”

Segundo o presidente da Contraf-CUT, a reposição de perdas, deveria ser lei. “Depois de zerar as perdas dos trabalhadores, a gente discutiria com os patrões a distribuição da renda, o crescimento da economia e as outras demandas da categoria, como emprego, saúde, condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e luta contra a terceirização”.

“Não há condições de aceitar este índice, abaixo da inflação, rejeitamos na hora. Sabemos que a Fenacrefi tem amplas condições de atender os financiários”, afirmou Jair Alves dos Santos, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Organização dos Financiários.

Katlin Salles, diretora do Ramo Financeiro da Fetec/PR, ressaltou que categoria está muito mobilizada neste ano, marcado pela 1ª Conferência Nacional dos Financiários, no mês de maio, a qual aprovou a minuta e definiu os rumos da campanha. “A nossa conferência conseguiu discutir uma minuta que reflete as demandas dos financiários. Citamos pontos importantes, que não se resumem, apenas, aos índices de reajustes. Temos reivindicações de saúde, de condições de trabalho e combate à terceirização. Não vamos aceitar retrocessos”, reforçou a dirigente.

A rodada seguinte de negociação está marcada para 23 de agosto, na sede da Fenacrefi, em São Paulo.


 
Contraf-CUT - 2/8/2016
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