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Chapéu
Desrespeito!

BB pega pesado nas metas e assédio corre solto

Linha fina
Caso de gestor de agência da região central, que expôs bancários em e-mails, exemplifica piora nas condições de trabalho; Sindicato cobra revogação de OS da Super Capital, que impõe percentuais mínimos de vendas, e reposicionamento de gestores
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Foto: Pixabay / C0 Public Domain

São Paulo – A vida do bancário do BB na capital paulista está cada vez mais difícil. Desde que a Super Capital emitiu Ordem de Serviço (OS) direcionada aos gerentes estabelecendo percentuais mínimos de vendas para produtos como Seguro Prestamista, Tarifa Free, Conta Nova Pessoa Física, Cheque Especial, Cartão, dentre outros, o assédio moral corre solto nas agências.  

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Um exemplo do aumento do assédio moral no banco é o caso de um gerente geral, lotado na região central de São Paulo, que expôs bancários em e-mails enviados ao gerente regional, com cópia para todos os funcionários, cobrando a realização de cursos de reciclagem por funcionários que não atingiram as metas de vendas.

“Essa prática constrange o bancário frente aos colegas e obviamente configura assédio moral. É resultado direto do tipo de gestão imposta hoje pela direção do banco. Mesmo reduzindo o quadro e fechando agências, são estabelecidos percentuais cada vez maiores para vendas de produtos. O BB estipula metas abusivas e os gestores, com o quadro de funcionários reduzido, utilizam-se do assédio moral como ferramenta para que as unidades pelas quais são responsáveis alcancem os resultados impostos”, critica a dirigente sindical e bancária do BB Silvia Muto.

“Também é importante lembrar que vivemos um momento de crise econômica, de elevado desemprego e, assim, os aportes previdenciários e a demanda por produtos caem significativamente. O BB cobra resultados cada vez maiores, mas ignora o contexto do país para estabelecer metas”, acrescenta.

O Sindicato cobra do BB que a OS emitida pela Super Capital seja revogada e que os gestores sejam reorientados, de forma que não utilizem o assédio moral como ferramenta de gestão. “É inadmissível que resultados sejam cobrados na base da ameaça, do descomissionamento e da demissão”, pontua Silvia.

Denuncie – A dirigente orienta o bancário vítima de assédio moral que denuncie ao Sindicato por meio dos dirigentes, pelo WhatsApp (11 97593-7749) ou através da ferramenta de combate ao assédio moral Assuma o Controle. O sigilo é absoluto. 

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