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Chapéu
Campanha Nacional

Mobilização da Semana do Bancário continua

Linha fina
Terça pela manhã, dirigentes do Sindicato dialogaram com bancários do Itaú no Ceic; mais tarde, percorreram agências na Paulista. Ação faz parte da Campanha Nacional, em defesa dos bancos públicos, empregos, contra a terceirização e por nenhum direito a menos
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Foto: Seeb-SP

São Paulo – Novas atividades em comemoração ao Dia do Bancário foram realizadas na terça-feira 29. Os atos fazem parte da Campanha Nacional, em defesa dos bancos públicos, por empregos, contra a terceirização e por nenhum direito a menos. Pela manhã, dirigentes sindicais estiveram no Ceic, maior concentração do Itaú, situado na zona sul da cidade. No local, os representantes dos trabalhadores debateram com os bancários os ataques aos direitos trabalhistas promovidos pelo governo Temer, com apoio de sua base aliada no Congresso.

“O Itaú foi um dos grandes incentivadores da reforma trabalhista, inclusive com o banqueiro Roberto Setúbal declarando à grande mídia que a CLT é muito cara. Vamos continuar lutando pela manutenção da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, dos direitos e das garantias conquistadas em anos de mobilização”, declarou Sergio Francisco, diretor do Sindicato e bancário do Itaú.

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Mais tarde, a mobilização da categoria ocorreu na Avenida Paulista. Com cartazes contra as reformas trabalhista e da Previdência e em defesa dos bancos públicos, representantes dos trabalhadores percorreram locais de trabalho, esclarecendo os bancários sobre a campanha em defesa do emprego e por direitos. Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato, explicou que, mesmo com o acordo de dois anos garantindo direitos à categoria, é necessário manter a mobilização contra os danos causados pela reforma trabalhista.

“No ano passado, conquistamos um acordo de dois anos que garantiu que os bancários tivessem este ano a reposição inflação e 1% de aumento real em todas as suas verbas salariais. E que nós tivéssemos garantidos todos os nossos direitos por dois anos. Mas não podíamos nos furtar de estar nas ruas por nosso acordo já estar garantido. Foi aprovada uma reforma trabalhista que desmonta a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e a Justiça do Trabalho. E, a partir de novembro, se ela vigorar sem pressão dos trabalhadores, estamos ameaçados de perder direitos históricos”, destacou.

Além da defesa dos empregos e direitos frente às reformas, a atividade também foi uma oportunidade para esclarecer os trabalhadores e a população que passava pelos locais sobre a importância dos bancos públicos para o país e a sociedade. Dionísio Reis, diretor do Sindicato e empregado da Caixa, lembrou que empresas públicas são fundamentais para o desenvolvimento nacional.

“A nossa luta não é só corporativa, não é só para os bancários. A nossa luta também é em defesa do país, em defesa do povo brasileiro. Pelo desenvolvimento do país, estamos defendendo os bancos públicos, as empresas públicas e o que mais tem de estratégico para o país”, disse o dirigente.

Atividade lúdica – Ao longo da caminhada pela Paulista, havia atores fantasiados de homens e mulheres levando banqueiros nas costas, simbolizando a exploração dos bancos tanto sobre os trabalhadores do setor financeiro quanto à população geral. Também acompanhados pela “morte” com a “foice da aposentadoria”, o grupo percorreu agências conversando com trabalhadores e clientes sobre os ataques à previdência pública e aos direitos trabalhistas promovidos pelo atual governo, com apoio dos patrões.

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