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Chapéu
Campanha 2020

Empregados rejeitam propostas para o Saúde Caixa

Linha fina
Pedro Guimarães tenta onerar o trabalhador e acabar com premissas importantes como o pacto intergeracional, a solidariedade e o mutualismo; uma nova mesa de negociação está agenda para a próxima segunda 24, já com as propostas de PLR
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Montagem: Linton Publio

Em nova negociação, nesta sexta 21, a CEE/Caixa rejeitou em mesa as propostas do banco para o Saúde Caixa. Na última quarta 19, o banco apresentou seis propostas que alteram o atual modelo de custeio do plano. Todas oneram significativamente os trabalhadores, uma vez que impactam nas mensalidades e coparticipação, além de individualizar a cobrança por usuário, de acordo com a faixa etária, e não mais por grupo familiar.    

As propostas apresentadas pelo banco, sob a justificativa de necessidade de capital, extinguem a proporção 70/30 no modelo de custeio - na qual o banco arca com 70% das despesas em assistência de saúde e os participantes com 30%, sendo que a Caixa é responsável também por 100% das despesas administrativas.    

“As propostas apresentadas encarecem o plano, acarretando em prejuízos para a ampla maioria dos participantes. Para capitalizar a Caixa, Pedro Guimaraes deve ir conversar com o Paulo Guedes ou mesmo com Bolsonaro, e não vir para cima dos direitos dos empregados da Caixa. Eles tentam dividir os empregados, fazendo-os olhar apenas para o próprio umbigo de forma imediatista, impondo a individualização. Defendemos o atual modelo de custeio como sustentável. O que não se sustenta é o teto de gastos do mantenedor. Queremos o Saúde Caixa para todos”, diz Leonardo Quadros, diretor da Apcef-SP, que na suplência representa a Fetec-SP na CEE/Caixa.

Atualmente, o custo do Saúde Caixa é dividido de forma igualitária para todos os beneficiários, com 70% do valor custeado pela Caixa. O modelo permite que todos os empregados tenham condições de pagar o plano de saúde, de forma solidaria com todas as faixas etárias e salariais.

Falta transparência

Para os representantes dos empregados, a falta de transparência da direção do banco inviabiliza a negociação da proposta. 

“Em 2015, a Caixa aceitou acordo para a utilização do superavit, que chegava a R$ 700 milhões. Sem trazer os dados para o Conselho de Usuários e para o GT do Saúde Caixa, a partir de 2016 o banco passa a alegar a existência de déficit. Essa falta de transparência absurda é mais um ponto para recusarmos essas propostas. Não temos como negociar sem as informações necessárias. Por dois anos estudaram formas de fazer essas propostas e querem que aceitemos sem termos os dados, colocando a responsabilidade da capitalização do banco sobre os ombros dos empregados”, destaca o diretor do Sindicato e membro da CEE/Caixa, DIonísio Reis. 

“O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tenta inviabilizar e retirar uma conquista importantíssima dos empregados, que é o Saúde Caixa. Hoje, o participante paga 2% da remuneração base, 20% de cooparticipação, com teto de R$ 2,4 mil. Parâmetros que subiriam se qualquer uma das propostas fossem aceitas (veja exemplos). Uma coisa são ajustes pontuais para solucionar o déficit. Outra é alterar por completo o modelo de custeio, onerando os participantes e prejudicando a sustentabilidade do próprio Saúde Caixa”, conclui. 

A CEE/Caixa continua aberta a novas negociações sobre o Saúde Caixa. Uma nova mesa de negociação está agenda para a próxima segunda 24, já com as propostas de PLR. O horário ainda será definido.

Confira as propostas apresentadas pela Caixa:

Veja exemplos: 

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> Quarta negociação: empregados defendem atual modelo de custeio do Saúde Caixa
> Terceira negociação: Caixa não traz respostas e ataca direitos
> Segunda negociação: saúde em primeiro lugar
> Primeira negociação: home office 

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