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Chapéu
1º semestre de 2022

Lucro de R$ 4,4 bilhões reforça que Caixa pode e deve atender empregados

Imagem Destaque
Arte composta por um cifrão e o "X" do logo da Caixa

O lucro líquido da Caixa Econômica Federal alcançou R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre de 2022, uma queda de 59,66% em relação ao primeiro semestre de 2021. No segundo trimestre, o lucro foi de R$ 1,8 bilhão, o que significou diminuição de 27,9% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Importante ressaltar que nos seis primeiros meses de 2021, o resultado foi impactado, principalmente, por ganhos decorrentes da alteração na participação relativa apurada sobre investimentos da Caixa Seguridade (R$ 1,5 bilhão); pela venda das ações da Caixa Seguridade (R$ 3,3 bilhões); e pela venda das ações do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão).

As receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias cresceram 5,49% em doze meses, totalizando R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre de 2022. Já as despesas de pessoal, considerando-se a PLR, cresceram 4,39% em doze meses, totalizando R$ 12,9 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 94,45% no semestre.

“Somente o recorte deste dado reforça que a Caixa tem totais condições de atender as reivindicações dos empregados na mesa de negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, ao invés de continuar adotando uma postura mesquinha de tentar retirar direitos historicamente construídos. Por esta razão, não vamos aceitar nenhum retrocesso nesta Campanha Nacional dos Bancários 2022.”

Tamara Siqueira, dirigente sindical e bancária da Caixa

Após relevante atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa atendeu ordem judicial de convocação de aprovados em concurso realizado em 2014. Com abertura de 2.639 postos de trabalho em doze meses, o banco encerrou o 1º semestre de 2022 com 86.901 empregados.

Concomitantemente, a Caixa registrou incremento de aproximadamente 3,3 milhões de novos clientes. Isso faz com que cada empregado da Caixa seja responsável por atender, em média, 1.714,4 clientes, o que sobrecarrega os trabalhadores do banco.

“Os empregados estão sobrecarregados e enfrentando assédio cotidiano para o cumprimento de metas abusivas, graças às práticas da gestão anterior, que a senhora Daniella Marques, nova presidente do banco, se comprometeu a combater. O movimento sindical seguirá cobrando a abertura de novos postos de trabalho para reduzir a sobrecarga de trabalho que tanto prejudica e adoece estes verdadeiros heróis que são os empregados da Caixa; e também para atender melhor a população”, afirma Tamara.

Sem o recurso à venda de ativos do banco, os resultados do primeiro semestre deste ano foram muito inferiores - o setor da seguridade respondia por grande parte dos resultados da instituição. Ademais, no primeiro semestre deste ano, a Caixa utilizou créditos tributários. Sem isso, a queda no lucro seria ainda maior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,55%, com redução acentuada de 9,46 pontos percentuais

“Lamentavelmente a queda no lucro da Caixa com relação a 2021 reflete o resultado do desmonte do banco público, um processo que já dura anos. Em outubro, os empregados terão a oportunidade de optar por um governo que fortaleça os bancos públicos, bem como os direitos dos empregados”, ressalta Tamara.

Outros números do resultado da Caixa

Não foram fechadas agências, e foram abertos 67 postos de atendimento, 384 unidades Caixa Aqui e 75 lotéricas em comparação ao primeiro semestre de 2021.

A Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 13,7% em doze meses, totalizando R$ 928,2 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 23,2%, totalizando R$ 127,3 bilhões no período. No segmento de pessoas jurídicas, o crescimento foi de 8,2% em relação ao mesmo período de 2021, totalizando R$ 81,3 bilhões.

Com saldo de R$ 595,2 bilhões e participação de 64,1% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 11,0%, em doze meses. As operações de saneamento e infraestrutura cresceram 2,2%, no período, totalizando R$ 93,6 bilhões. O destaque ficou por conta do crédito rural, que cresceu 202,3%, totalizando R$ 30,8 bilhões no período.

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 1,89%, com redução de 0,57 ponto percentual na comparação com o 1º semestre do ano anterior. As provisões para perdas associadas ao risco de crédito tiveram acréscimo de 51,97% no período, totalizando R$ 7,8 bilhões.

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