A maior central sindical da américa latina completa 41 anos de história na próxima quarta-feira, dia 28 de agosto. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região tem participação direta na construção da Central Única dos Trabalhadores e não ficaria de fora desta importante celebração.
Na quarta-feira (28), a Quadra dos Bancários recebe o evento "CUT 41 anos: Direitos, Democracia e Sustentabilidade". A atividade terá início às 17h e reunirá apresentações artísticas, bate-papo, homenagens e muita música com a banda Mistura Popular. A entrada é gratuita e a quadra está localizada na Rua Tabatinguera, 192, Centro de São Paulo.
No mesmo dia, a Executiva Nacional da CUT se reunirá na sede da entidade para uma análise e debate da conjuntura nacional. Em seguida, as lideranças participarão da celebração na Quadra dos Bancários.
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários, relembrou o histórico de parceria das duas entidades e a conexão com o Dia do Bancário. A data também será celebrada em 28 de agosto, sendo um importante marco na trajetória vitoriosa da categoria.
"Durante os 101 anos de história do Sindicato dos Bancários, ajudamos a construir a primeira central sindical no Brasil e atualmente a maior da América Latina, a CUT, que completa 41 anos no dia 28 de Agosto. Nesta mesma data, celebramos o Dia do Bancário, que tem origem na greve de 1951, a maior da história da categoria. Temos muitas conquistas nessa parceria de luta pela valorização dos direitos do trabalhador", ressaltou Neiva.
Histórico de luta
A Central Única dos Trabalhadores nasceu em um contexto de luta pela redemocratização do país. A entidade foi criada em 28 de agosto de 1983, em São Bernardo do Campo, São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Mais de cinco mil trabalhadores de diversas regiões do Brasil se reuniram nesse momento marcante que mudaria a história sindical brasileira.
Com o apoio do Sindicato dos Bancários e de diversas entidades sindicais, a CUT surgiu como um instrumento de luta e representação para garantir a presença organizada dos trabalhadores na política nacional. A central tem como pilares o fortalecimento da democracia, o desenvolvimento com distribuição de renda e a valorização do trabalho.
Combate aos juros altos
Além dos compromissos históricos com a classe trabalhadora, a CUT está sempre atenta aos temas específicos que afetam o Brasil no momento presente. Com isso em vista, 2024 está sendo marcado pela luta da entidade, juntamente com o movimento sindical bancário, contra a alta da Selic (taxa de juros oficial do país).
Desde que o Banco Central (BC) se tornou independente, no governo anterior, e tem em seu comando o neoliberal Roberto Campos Neto, a taxa de juros no Brasil segue como uma das maiores do mundo, apesar do controle da inflação e dos bons resultados econômicos que o país vem obtendo.
A atual política do BC resulta em uma grande trava para a economia brasileira. É o que explica a vice-presidenta da CUT, presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT) e ex-presidenta do Sindicato dos Bancários, Juvandia Moreira: “Nossa campanha é por emprego e renda, a Selic elevadíssima prejudica o investimento produtivo, atrapalha a economia e encarece a vida de todos nós.”
