A nomeação efetiva de funções como caixas e tesoureiros foi o tema principal da quinta rodada de negociação entre a direção da Caixa Econômica Federal e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), no âmbito da Campanha Nacional dos Bancários 2024.
A negociação, que visa a renovação do acordo Coletivo de Trabalho específico dos empregados do banco público, vem ocorrendo semanalmente. Desta vez o tema foram funções gratificadas, mas o principal problema, neste momento, segundo a CEE/Caixa, é o retorno das nomeações de funções. A reunião foi realizada virtualmente (online) nesta quinta-feira 1º de agosto.
Desde 2016 a Caixa Econômica Federal não nomeia mais caixas e nem tesoureiros, porém estas funções continuam necessárias, de forma que os empregados as exercem sem a nomeação efetiva, nas modalidades minuto ou por prazo.
“É um absurdo a Caixa manter esse tipo de desvio que submete os trabalhadores a risco operacional, não paga corretamente os direitos dos trabalhadores e ainda expõe a empresa a ações judiciais”, afirma Vivian Sá, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Apcef/SP.
Na reunião desta quinta-feira 1º foi relembrada a última proposta relacionada ao tema apresentada em mesa anterior do processo negocial que, apesar de consistir na possibilidade da nomeação das funções, também resultaria na redução de direitos, principalmente com relação aos tesoureiros, o que já foi rechaçado anteriormente pela CEE/Caixa.
O processo de reestruturação que vem ocorrendo revela, inclusive, um dos problemas relacionados a falta de nomeação. A Caixa garantiu as funções efetivas, mas há colegas nessas modalidades citadas que estão necessitando de intervenção sindical local, para garantir a remuneração no processo de fechamento de unidades e abertura de agências digitais, onde estas não são necessárias.
Também foram colocadas questões como a ausência de porte para parte dos empregados em cargo de gerência nas unidades, desvios das funções gratificadas criadas nas últimas reestruturações e a necessidade de um grupo de trabalho para rever o PFG e o PCS de modo geral, conforme cláusula da minuta entregue ao banco, pois as discrepâncias são diversas.
Funcef
Por fim, como em todas as mesas anteriores, a coordenação cobrou a necessidade da negociação para proposta de fim dos equacionamento da Funcef e outras questões.
“É bastante absurdo a Caixa afastar os trabalhadores, os donos do fundo, de decisões que impactam suas aposentadorias. Mais absurdo ainda é apresentar uma proposta que consiste na retirada de direitos”, critica o dirigente sindical e coordenador da CEE/Caixa, Rafael de Castro.
Veja como foram as negociações anteriores com a Caixa
Rodada 1: Negociações específicas com a Caixa começaram
Rodada 2: Em negociação com a Caixa, empregados cobram cláusulas sobre o teletrabalho
Rodada 3: Empregados cobram maior compromisso da Caixa com igualdade e diversidade no banco
Rodada 4: Em mesa com a Caixa, empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas