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Chapéu
Campanha dos Bancários 2024

Reajuste Bancários 2024: confira as reivindicações

Imagem Destaque
Pontos brilhantes, em fundo verde, formando a imagem de uma mão segurando um cifrão

Atualização: na negociação da última quarta 7, o Sindicato cobrou aumento real, mas bancos se fizeram de vítimas e propuseram precarização.

Reajuste dos bancários em 2024, com aumento real; vales refeição e alimentação; PLR. Na próxima quarta-feira 7, estes e outros pontos serão debatidos pelo Comando Nacional dos Bancários e Fenaban (federação dos bancos), em mesa de negociação sobre as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.

Os bancários reivindicam na sua Campanha Nacional Unificada – mobilização da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho – reajuste salarial que contemple a reposição da inflação (INPC) mais aumento real de 5%.

Confira as principais reivindicações econômicas dos bancários:

  • Reajuste salarial que corresponda à reposição da inflação (INPC acumulado entre 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024), mais 5% de aumento real;
  • Reajuste que corresponda à reposição da inflação mais 5% de aumento real também para os vales alimentação e refeição;
  • Reajuste que corresponda à reposição da inflação mais 5% de aumento real também nas parcelas fixas e nos tetos da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Bancários aprovaram reivindicações na 26ª Conferência Nacional (Foto: Seeb-SP)

Reajuste com aumento real é prioridade máxima

Na Consulta Nacional aos Bancários, respondida por quase 47 mil trabalhadores, 93% dos participantes apontaram o reajuste salarial com aumento real como prioridade para a Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2024.

Também no âmbito das cláusulas econômias, 63% dos participantes destacaram o reajusta da PLR como prioridade; 51% apontaram como prioritário aumento maior para o VA e VR.

Bancos podem atender às reivindicações

Para a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, os bancos possuem todas as condições de atender às reivindicações, valorizando assim os bancários, que dia após dia constroem seus lucros.

“No último ano, o lucro somado dos cinco maiores bancos totalizou R$ 108,6 bilhões. Entre 2003 e 2023, o lucro líquido real, acima da inflação, cresceu 169%. Em todo o período, os bancos apresentaram lucro, mesmo durante a pandemia. A rentabilidade média do período ficou três vezes acima da inflação, o que reforça o bom desempenho dos bancos”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários

Soma-se a isso o melhor cenário econômico, com queda gradativa da inflação. O INPC acumulado na última data-base da categoria bancária foi de 4,06%. Atualmente está em 3,7% e a expectativa para data-base dos bancários é de 4,04%.

A inflação controlada e o mercado de trabalho aquecido contribuem para negociações de reajustes salariais vantajosos. Segundo levantamento do Dieese, que analisou mais de 6,7 mil negociações realizadas entre janeiro e abril de 2024, 86,1% dos reajustes foram maiores que o INPC. O ganho real médio conquistado foi de 1,59%.

A luta vale a pena

A luta da categoria, mobilizada através das suas entidades representativas, conquistou um aumento real acumulado de 21,6% desde 2004. No mesmo período, o aumento real para o piso da categoria foi ainda maior, de 43,2%.

O valor do vale-alimentação passou de R$ 200, em 2004, para os atuais R$ 863, crescimento de 318%, com aumento real de 19%.

Já o valor diário do vale-refeição mais que quadruplicou. Passou de R$ 11,67, em 2004, para os atuais R$ 48,2, um ganho real de 17%.  

Calendário de Negociações

  • 7 e 13 de agosto: cláusulas econômicas
  • 20 e 27 de agosto: em definição
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