
O empresário Sidney Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda do Estado. A ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC). Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, também foi preso na operação.
Oliveira foi localizado em sua chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Segundo a investigação, o caso está ligado a um auditor fiscal de alto escalão, Artur Gomes da Silva Neto, acusado de liderar um esquema de manipulação de processos administrativos para favorecer empresas na quitação de créditos tributários. O esquema teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021.
O auditor também foi preso. Em nota, a Secretaria da Fazenda informou ter instaurado um processo administrativo para apurar a conduta do servidor e solicitou ao MP o compartilhamento de informações sobre o caso.
Crimes envolvendo sonegação não afetam apenas os cofres públicos, eles comprometem diretamente políticas essenciais à população. Recursos que poderiam ser investidos no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e em programas como a Farmácia Popular, que garante acesso gratuito ou a baixo custo a medicamentos, acabam desviados para enriquecer empresários e agentes corruptos.
Casos de sonegação fiscal, como o noticiado nesta manhã, têm um efeito desproporcional: retiram bilhões do orçamento público, aumentam a pressão tributária sobre trabalhadores e pequenas empresas e limitam a capacidade do Estado de garantir serviços básicos de qualidade.
Justiça tributária como solução
Historicamente, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região defende a taxação sobre super-ricos e grandes fortunas, ao mesmo tempo em que os mais pobres e a classe média sejam isentos do pagamento de impostos regressivos. Em artigo recente, Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato, argumentou sobre o tema.
"O que está em foco para nós trabalhadores é uma maior justiça fiscal. A proposta central é que os mais ricos paguem uma parcela maior de impostos, permitindo que o Estado invista prioritariamente em programas sociais. Em resumo: é necessário reduzir as desigualdades sociais e fortalecer o papel do Estado na promoção do bem-estar da população", ressalta Neiva.
Plebiscito Popular reforça luta contra desigualdades
Você concorda com a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, proposta pelo governo Lula? Chegou a hora de manifestar sua opinião no Plebiscito Popular 2025, uma iniciativa das centrais sindicais que conta com o apoio do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Até o dia 7 de setembro, o Sindicato coletará votos na categoria, de forma on-line e também presencialmente nos locais de trabalho.
Para participar do plebiscito, acesse este link e registre seu voto.
Além da votação virtual, o Sindicato está visitando agências e prédios administrativos levando urnas para que a categoria manifeste sua opinião sobre a justiça tributária e também sobre o fim da escala 6x1. O objetivo da entidade é dialogar com os bancários e bancárias, explicando a importância dessas pautas na melhoria da qualidade de vida e na correção das injustiças fiscais.
