
Na última segunda-feira (11), a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, reuniu-se com o vice-presidente do Goldman Sachs Brasil, Laercio Scuccuglia, para debater medidas de enfrentamento ao assédio moral e sexual no setor financeiro. A pauta incluiu o funcionamento do canal de denúncias do banco, o fluxo de apuração e devolutiva às vítimas e o fortalecimento do canal de denúncias do Sindicato. Também participaram da reunião a secretária de Políticas para as Mulheres da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, e o representante da Fenaban, Adauto Duarte.
Durante o encontro, o Goldman Sachs apresentou as práticas que adota em relação às cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), especialmente as que tratam de igualdade de oportunidades, combate à violência de gênero e promoção da igualdade salarial. Ao final, a instituição reafirmou seu compromisso com a CCT e com o processo de apuração de denúncias.
“Ressaltamos a importância da mesa de igualdade e dos programas de combate à violência. É importante reafirmar o comprometimento com esse tema e a promoção de campanhas permanentes de sensibilização, combate e prevenção. Temos o compromisso de acompanhar de perto todas as denúncias e de pressionar os bancos para que cumpram as cláusulas da CCT, garantindo ambientes de trabalho livres de assédio e de discriminação”, destacou Neiva Ribeiro.
Neste ano, uma executiva do Goldman Sachs denunciou publicamente ter sido vítima de assédio moral após retornar da licença-maternidade. O relato, publicado no portal Universa, do UOL, gerou grande repercussão e levou o Sindicato a cobrar esclarecimentos do banco. Embora o caso não tenha sido registrado junto à entidade, ele reflete situações recorrentes no setor que precisam ser enfrentadas.
“Questionamos diretamente a instituição sobre esse caso, que acabou indo para a mídia sem passar pelos canais sindicais. Consideramos a reunião um passo importante para reforçar a valorização dos canais de denúncia e de resolução de conflitos”, afirmou Fernanda Lopes, secretária de Políticas para as Mulheres da Contraf-CUT.
Ao final, Neiva reforçou a importância de que trabalhadoras e trabalhadores denunciem situações de assédio: “Se você sofreu algum tipo de assédio, não fique só: procure o Sindicato. Combater a desigualdade de gênero e as violências geradas a partir das relações desiguais entre homens e mulheres é papel de todos nós, e o Sindicato está aqui para apoiar cada trabalhadora e cada trabalhador e exigir o cumprimento dos nossos direitos”.
