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Assembleia encerra greve na Caixa Federal

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Cerca de 1.600 bancários lotaram a Quadra do Sindicato e a maioria decidiu aprovar a proposta do banco
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São Paulo - Assembleia na tarde desta quinta-feira decidiu encerrar a greve na Caixa em São Paulo, Osasco e região. A definição foi tomada pela maioria dos 1.598 trabalhadores que lotaram a Quadra.

> Veja a proposta aprovada pelos empregados

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, abriu os trabalhos informando que a direção da Caixa Federal respondeu a carta enviada pela Contraf-CUT que solicitava nova negociação diante da rejeição da proposta e da continuidade da greve em várias cidades do país.

> Leia carta enviada pelos bancários à Caixa

Nessa resposta, o banco reafirmou a proposta já apresentada em mesa de negociação e declarou que estavam “exauridas todas as hipóteses de alteração das condições negociadas”. A direção da Caixa avisou, ainda, que “a partir desta data e na iminência da assinatura da convenção coletiva de trabalho, em caso de ausência ao trabalho consideraria falta não justificada, com todas as implicações daí decorrentes”. Informava, ainda “que a ausência por motivo de greve do dia 27 será incluída na regra de compensação do ACT CAIXA, desde que o retorno ao trabalho aconteça em 28/09/2012”.

Após ler esse documento à assembleia, a presidenta do Sindicato propôs a continuidade e o fortalecimento da greve. No entanto, uma das trabalhadoras pediu a palavra e solicitou que a proposta fosse novamente debatida pelos bancários que lotavam a Quadra.

Democraticamente, o Sindicato colocou esse encaminhamento em votação, o que foi aprovado por ampla maioria. Assim, foram abertas falas para duas defesas de cada lado: os que defendiam nova apreciação e aprovação da proposta, com o fim da greve, e os que queriam a continuidade do movimento. Após essas exposições, a assembleia decidiu, novamente por ampla maioria, aceitar a proposta e encerrar a paralisação.

“É importante ressaltar que, apesar da rejeição da proposta por cerca de 500 trabalhadores na noite de quarta-feira 26, o Sindicato é legalmente obrigado a acatar a posição expressa em votação pela maioria dos trabalhadores em todas as assembleias. A assembleia é sempre soberana, inclusive para mudar decisões anteriores. Assim, se nos negássemos a colocar em votação a posição apresentada pela bancária que queria o fim do movimento, a decisão da assembleia poderia ser impugnada”, explica o advogado do Sindicato Jefferson Martins de Oliveira.

“A proposta da Caixa tem avanços arrancados na luta, por quem fez a greve. É importante que essa luta seja feita por todos”, ressalta Juvandia. “Agora, vamos continuar cobrando do banco outros avanços para melhorar a rotina de trabalho na Caixa e que as novas contratações previstas no acordo coletivo sejam direcionadas para as unidades onde os trabalhadores estejam sobrecarregados, e não para a abertura de novas agências”, completa a presidenta do Sindicato.

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Cláudia Motta - 27/9/2012
(Atualizado às 19h58)

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