São Paulo - Os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) aceitaram na tarde de segunda 8 a proposta feita pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) de reajuste salarial de 5,2%, parcelado em duas vezes: em outubro e janeiro do próximo ano. No entanto, a concordância não significa o fim da greve, que deve ser decido na quinta-feira 11, após novas reuniões, segundo previsão de Magno de Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp). Eles estão em greve há 104 dias.
Representantes do sindicato e da reitoria discutem uma série de propostas apresentadas pelo Sintusp e que dizem respeito, principalmente, à reposição dos dias parados. “Queremos que em todos os setores seja definida a reposição do trabalho acumulado. Onde não tem trabalho acumulado, não [haverá necessidade de reposição]”, disse.
Magno de Carvalho cita como exemplo o trabalho dos motoristas de ônibus que, segundo ele, não precisa ser reposto. “Outra coisa é mandar um motorista de ônibus, que sai às 22h, ficar circulando sem passageiros ou parado na garagem. Isso é punição e não vamos aceitar”, falou Carvalho.
Na lista que o sindicato preparou está o pedido de reajuste dos benefícios, tais como vale-alimentação, vale-refeição e auxílio-creche. Eles querem que os trabalhadores que entraram em greve não sejam punidos criminalmente ou administrativamente. Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa da reitoria da USP informou que só deve se pronunciar após a reunião.
Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil - 9/9/2014
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Fim da paralisação de mais de 100 dias deve ser decido após novas reuniões, segundo previsão do sindicato
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