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São Paulo – O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) analisou o custo da anuidade de cartão de crédito nos seis maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Caixa) e o resultado é mais um exemplo de como o setor bancário brasileiro cobra taxas abusivas, lesando o consumidor. De agosto de 2014 a agosto de 2015, quando a inflação acumulada atingiu 9,56%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), os reajustes foram muito superiores.
O campeão foi o Santander, cuja anuidade subiu 188%, quase 20 vezes mais que a inflação do período. Em segundo lugar vem o HSBC, que aumentou o valor da anuidade em 136%; em seguida Bradesco (83%), BB (63%), Itaú (50%) e Caixa (20%). Todos reajustes bem acima da inflação.
Juros nas alturas – A pesquisa também comparou os aumentos nas taxas de juros dos cartões de crédito dos mesmos seis bancos. Nesse caso, a comparação foi entre janeiro – quando a taxa média cobrada pelas instituições bancárias passou a ser informada pelo Banco Central – a julho deste ano.
Nesse caso, o campeão de reajuste foi a Caixa, com variação de 42% ao ano, seguida pelo Banco do Brasil, cuja variação foi de 27% a.a., depois vêm HSBC (10% a.a.), Santander e Bradesco (ambos com 8% a.a.) e Itaú (6% a.a.).
Mas o campeão de juros do cartão de crédito é o Santander, que cobra dos clientes 497,23% ao ano, em seguida HSBC (437,09% a.a.), Bradesco (413,63% a.a.), Itaú (351,50% a.a.), Banco do Brasil (285,98% a.a.) e Caixa (134,96% a.a.).
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Inadimplência – Essas taxas abusivas levam ao endividamento do cliente. O Idec também levantou que o rotativo do cartão de crédito é a modalidade com pior índice de inadimplência efetiva: 37%; Seguida do cheque especial (14%) e aquisição de outros bens (9,9%). Ou seja, mais de um terço dos consumidores que caem no rotativo do cartão não conseguem pagar as faturas em dia.
Incentivo ao crédito caro – A economista do Idec Ione Amorim explica a inadimplência tanto pelas altas taxas de juros quanto pelo incentivo que os bancos dão ao uso dessa modalidade onerosa de crédito. “Nas pesquisas que o Idec está fazendo este ano com esses seis bancos, constatamos que cinco deles enviaram cartão de crédito sem solicitação logo após a abertura de conta. Na segunda fase da pesquisa, três desses bancos recusaram empréstimo pessoal, que tem taxas de juros bem mais baixas, no valor de R$ 300, mas liberaram limites altos de crédito no cartão”, relata a economista. “Ou seja, há um claro incentivo das instituições financeiras a modalidades mais caras de crédito, sobretudo ao cartão. E o resultado disso é que o consumidor compromete sua renda excessivamente e não consegue pagar suas dívidas”, conclui.
Redação, com informações do Idec – 18/9/2015
O campeão foi o Santander, cuja anuidade subiu 188%, quase 20 vezes mais que a inflação do período. Em segundo lugar vem o HSBC, que aumentou o valor da anuidade em 136%; em seguida Bradesco (83%), BB (63%), Itaú (50%) e Caixa (20%). Todos reajustes bem acima da inflação.
Juros nas alturas – A pesquisa também comparou os aumentos nas taxas de juros dos cartões de crédito dos mesmos seis bancos. Nesse caso, a comparação foi entre janeiro – quando a taxa média cobrada pelas instituições bancárias passou a ser informada pelo Banco Central – a julho deste ano.
Nesse caso, o campeão de reajuste foi a Caixa, com variação de 42% ao ano, seguida pelo Banco do Brasil, cuja variação foi de 27% a.a., depois vêm HSBC (10% a.a.), Santander e Bradesco (ambos com 8% a.a.) e Itaú (6% a.a.).
Mas o campeão de juros do cartão de crédito é o Santander, que cobra dos clientes 497,23% ao ano, em seguida HSBC (437,09% a.a.), Bradesco (413,63% a.a.), Itaú (351,50% a.a.), Banco do Brasil (285,98% a.a.) e Caixa (134,96% a.a.).
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Inadimplência – Essas taxas abusivas levam ao endividamento do cliente. O Idec também levantou que o rotativo do cartão de crédito é a modalidade com pior índice de inadimplência efetiva: 37%; Seguida do cheque especial (14%) e aquisição de outros bens (9,9%). Ou seja, mais de um terço dos consumidores que caem no rotativo do cartão não conseguem pagar as faturas em dia.
Incentivo ao crédito caro – A economista do Idec Ione Amorim explica a inadimplência tanto pelas altas taxas de juros quanto pelo incentivo que os bancos dão ao uso dessa modalidade onerosa de crédito. “Nas pesquisas que o Idec está fazendo este ano com esses seis bancos, constatamos que cinco deles enviaram cartão de crédito sem solicitação logo após a abertura de conta. Na segunda fase da pesquisa, três desses bancos recusaram empréstimo pessoal, que tem taxas de juros bem mais baixas, no valor de R$ 300, mas liberaram limites altos de crédito no cartão”, relata a economista. “Ou seja, há um claro incentivo das instituições financeiras a modalidades mais caras de crédito, sobretudo ao cartão. E o resultado disso é que o consumidor compromete sua renda excessivamente e não consegue pagar suas dívidas”, conclui.
Redação, com informações do Idec – 18/9/2015