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Redação SPbancários
8/9/2016
São Paulo – Está pronto para ser votado o projeto de Reforma da Previdência que altera a idade mínima da aposentadoria para 65 anos tanto para homens como para mulheres, servidores públicos ou da iniciativa privada, da cidade ou do campo. Se a proposta feita pelo governo de Michel Temer passar, a mudança atingirá todos os trabalhadores com menos de 50 anos de idade. Os que têm mais deverão pagar uma espécie de “pedágio” proporcional ao tempo que falta para aposentar.
Em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, no dia 1º de setembro, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu também o projeto que corta gastos públicos, inclusive para Saúde e Educação por 20 anos, a PEC 241/2016. Para Padilha, a reforma é urgente: “o Estado brasileiro está doente sob o ponto de vista financeiro e tem de ser curado”, afirmou o ministro.
> Avança PEC que limita gastos públicos por 20 anos
> Comissão analisará PEC que limita gastos públicos
> Alerta para desmonte do Estado com PEC 241
“Esse remédio amargo é desnecessário, vai é fazer mal ao povo brasileiro e não salvar o Estado”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. Ela acrescenta que a solução para a Previdência é o Brasil voltar a crescer e gerar empregos. “Mas, o que na verdade o governo está fazendo é atender ao pedido do sistema financeiro, que quer vender previdência privada. Quer liberar os recursos hoje gastos com previdência social para o pagamento dos juros da dívida, liberar para os empresários usarem, financiar as privatizações que querem fazer. Nós não vamos aceitar pagar essa conta.”
> Bancos cobram reformas contra o povo
“Já provamos que a Previdência não é deficitária coisa nenhuma”, afirma ainda a dirigente, lembrando a cartilha que foi editada pelo Sindicato sobre o tema (clique aqui).
> Aumentar idade da aposentadoria não é a saída
“Não há falta de dinheiro na Previdência, que é financiada pelo orçamento da seguridade social”, reforça o economista Eduardo Fagnani, um dos autores da cartilha, explicando que para chegar ao tal déficit, os alarmistas de plantão levam em conta somente o que a Previdência arrecada como contribuição e o que ela gasta com o pagamento dos benefícios. “Isso é desonestidade intelectual. A previdência é parte da seguridade social, não é com a contribuição dos trabalhadores urbanos que se financia”, explica. O Artigo 194 da Constituição determina que o que financia a aposentadoria urbana, rural, saúde, assistência social e seguro-desemprego são a folha de salários do empregador e do empregado, a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a contribuição sobre o lucro e o PIS/Pasep.
Estudos da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), única instituição que faz essa conta, comprovam que a seguridade social sempre foi superavitária. Em 2013, foi superavitária em R$ 60 bilhões, mesmo com a Desvinculação das Receitas da União, que tira R$ 20 bilhões dessa receita.
Bancos querem – Para o economista, a reforma atende aos interesses de grandes empresários e dos bancos. “A previdência é o maior investimento social que existe, de 8% do PIB. Então o que está em jogo é capturar esses recursos, retroceder nesses direitos para capturar esses recursos. Quer dizer, você suprime direitos, faz uma nova reforma da Previdência, ela vai deixar de gastar um tanto, então você pode gastar esse dinheiro com a questão financeira. Esse é o jogo”, disse o economista em entrevista ao site da Central Única dos Trabalhadores.
> Bancários não querem Reforma da Previdência
> “65 anos para aposentar é escravidão”
Os presidentes do Santander e do Itaú defenderam o encaminhamento urgente dessas “reformas necessárias”, entre elas a da Previdência e a PEC 241. “Essa PEC corta gastos sociais e libera para os bancos; o governo estará tirando do povo brasileiro para dar às instituições financeiras, já que o ajuste tem como objetivo pagar juros da dívida pública toda nas mãos dos banqueiros”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.
Leia mais
> Mande o que você pensar sobre a Reforma da Previdência (clique aqui e escolha o setor "Site")
> Mande e-mail para deputados contra a Reforma da Previdência e contra a PEC 241
8/9/2016
São Paulo – Está pronto para ser votado o projeto de Reforma da Previdência que altera a idade mínima da aposentadoria para 65 anos tanto para homens como para mulheres, servidores públicos ou da iniciativa privada, da cidade ou do campo. Se a proposta feita pelo governo de Michel Temer passar, a mudança atingirá todos os trabalhadores com menos de 50 anos de idade. Os que têm mais deverão pagar uma espécie de “pedágio” proporcional ao tempo que falta para aposentar.
Em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, no dia 1º de setembro, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu também o projeto que corta gastos públicos, inclusive para Saúde e Educação por 20 anos, a PEC 241/2016. Para Padilha, a reforma é urgente: “o Estado brasileiro está doente sob o ponto de vista financeiro e tem de ser curado”, afirmou o ministro.
> Avança PEC que limita gastos públicos por 20 anos
> Comissão analisará PEC que limita gastos públicos
> Alerta para desmonte do Estado com PEC 241
“Esse remédio amargo é desnecessário, vai é fazer mal ao povo brasileiro e não salvar o Estado”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. Ela acrescenta que a solução para a Previdência é o Brasil voltar a crescer e gerar empregos. “Mas, o que na verdade o governo está fazendo é atender ao pedido do sistema financeiro, que quer vender previdência privada. Quer liberar os recursos hoje gastos com previdência social para o pagamento dos juros da dívida, liberar para os empresários usarem, financiar as privatizações que querem fazer. Nós não vamos aceitar pagar essa conta.”
> Bancos cobram reformas contra o povo
“Já provamos que a Previdência não é deficitária coisa nenhuma”, afirma ainda a dirigente, lembrando a cartilha que foi editada pelo Sindicato sobre o tema (clique aqui).
> Aumentar idade da aposentadoria não é a saída
“Não há falta de dinheiro na Previdência, que é financiada pelo orçamento da seguridade social”, reforça o economista Eduardo Fagnani, um dos autores da cartilha, explicando que para chegar ao tal déficit, os alarmistas de plantão levam em conta somente o que a Previdência arrecada como contribuição e o que ela gasta com o pagamento dos benefícios. “Isso é desonestidade intelectual. A previdência é parte da seguridade social, não é com a contribuição dos trabalhadores urbanos que se financia”, explica. O Artigo 194 da Constituição determina que o que financia a aposentadoria urbana, rural, saúde, assistência social e seguro-desemprego são a folha de salários do empregador e do empregado, a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a contribuição sobre o lucro e o PIS/Pasep.
Estudos da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), única instituição que faz essa conta, comprovam que a seguridade social sempre foi superavitária. Em 2013, foi superavitária em R$ 60 bilhões, mesmo com a Desvinculação das Receitas da União, que tira R$ 20 bilhões dessa receita.
Bancos querem – Para o economista, a reforma atende aos interesses de grandes empresários e dos bancos. “A previdência é o maior investimento social que existe, de 8% do PIB. Então o que está em jogo é capturar esses recursos, retroceder nesses direitos para capturar esses recursos. Quer dizer, você suprime direitos, faz uma nova reforma da Previdência, ela vai deixar de gastar um tanto, então você pode gastar esse dinheiro com a questão financeira. Esse é o jogo”, disse o economista em entrevista ao site da Central Única dos Trabalhadores.
> Bancários não querem Reforma da Previdência
> “65 anos para aposentar é escravidão”
Os presidentes do Santander e do Itaú defenderam o encaminhamento urgente dessas “reformas necessárias”, entre elas a da Previdência e a PEC 241. “Essa PEC corta gastos sociais e libera para os bancos; o governo estará tirando do povo brasileiro para dar às instituições financeiras, já que o ajuste tem como objetivo pagar juros da dívida pública toda nas mãos dos banqueiros”, critica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.
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> Mande e-mail para deputados contra a Reforma da Previdência e contra a PEC 241