Após reunião com o superintendente regional da área D (Sured) para tratar sobre o fechamento das superintendências regionais (SRs) Pinheiros e Ipiranga, representantes dos trabalhadores se dirigiram às SRs para reproduzir aos empregados afetados o que foi dito no encontro com o superintendente, prestar esclarecimentos e ouvir seus questionamentos.
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A reunião com o superintendente não trouxe muitos esclarecimentos, mas foi atendido o compromisso de manutenção da remuneração e a possibilidade de escolha dos empregados nesse processo.
Foram informados aos bancários os contatos das entidades representativas (Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Apcef e Fenae) para tratar de questões pontuais e eventuais dúvidas que possam surgir.
Os bancários fizeram questionamentos e levantaram dúvidas que serão levadas na próxima reunião com o superintende regional, que ainda será agendada.
Também ficaram evidentes a apreensão e o descontentamento dos bancários com o processo. A SR Ipiranga, por exemplo, estava em primeiro lugar no ranking de meta da Sured e isso não foi levado em consideração para o seu fechamento.
“Ou seja, não se sabe o motivo do fechamento e resultado com certeza não é, o que desperta ainda mais insegurança nos bancários, não só daquela SR, mas de uma forma geral”, afirma Vivian Sá, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e empregada da Caixa.
O Sindicato está entrando em contato com a direção da Caixa para solicitar reunião com o presidente do banco, Pedro Guimarães, a fim de cobrar esclarecimentos sobre o fechamento das SRs apenas uma semana antes do início dos saques do FGTS. As SRs dão suporte operacional às agências bancárias, que invariavelmente terão aumento exponencial do atendimento por conta da medida do governo.
Além disso, as superintendências são responsáveis pela venda de produtos e por planejar e instituir medidas para concorrência com os bancos privados.
“Pedro Guimarães fala que a Caixa é o banco dos pobres, mas sua gestão está fechando duas SRs que fazem a função estratégica da concorrência com os bancos privados, principalmente em regiões onde essa concorrência é mais acirrada. O fechamento dessas SRs fragiliza a Caixa na concorrência com os bancos privados e enfraquece a função de regulação através da concorrência do custo do crédito, pois a Caixa é o único banco 100% público por meio do qual o governo pode induzir no crescimento da economia por meio do barateamento do crédito” alerta Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
“Além de causar insegurança e prejudicar os empregados, vemos nessa medida um ato de sabotagem contra o banco público por ter sido executada poucos dias antes do início dos saques do FGTS e por enfraquecer a concorrência do banco público contra os bancos privados. Por tudo isso, vamos cobrar respostas do presidente da Caixa e é importante que os bancários se mobilizem e resistam contra essa medida”, afirma Dionísio.