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Chapéu
7 de setembro

Trabalhadores vão às ruas por soberania e direitos

Linha fina
Mobilização se soma ao 25ª Grito dos Excluídos, que acontece em todos os estados brasileiros e em mais de 130 cidades
Imagem Destaque
Arte: Edson Rimonatto (Rima)

Trabalhadores de todo o país juntam-se aos movimentos sociais neste sábado, 7 de setembro (Dia da Independência do Brasil), nos atos do 25º Grito dos Excluídos “Vida em primeiro lugar! Este sistema não vale: Lutamos por justiça, direitos e liberdade”, que acontecem em mais de 130 cidades de todos os estados brasileiros. A CUT tem mapa interativo com atualização constante. Confira.

“Um sistema que entrega o patrimônio público, as estatais, os bancos, a Embraer, o Pré-sal, a Amazônia e o sonho do povo de ter um país com soberania não serve para a classe trabalhadora”, destaca o secretário-geral da CUT, Sergio Nobre. “A gente precisa de um sistema que preserve as condições mínimas de sobrevivência e que respeite a qualidade de vida de milhões de trabalhadores”, acrescenta.

Para o dirigente, lutar pela soberania e direitos no Dia da Independência do país é muito simbólico e fundamental para denunciar este governo que bate continência para a bandeira americana e destrói a vida dos que vivem no país.

“Nunca foi tão escandalosa a subordinação do Brasil como agora, com um presidente que bate continência para a bandeira americana e representa a subordinação aos interesses dos Estados Unidos. E isso não é bom para nenhum brasileiro, principalmente os excluídos de emprego, de diretos e das riquezas deste país.”

Ele afirma ainda que o Brasil tem de ser inserido na globalização de forma autônoma, com desenvolvimento social e econômico justo e, para isso, é preciso continuar na luta tanto no dia 7 quanto no dia 20, quando será realizado Dia Nacional de Luta.

“Os sindicatos filiados à CUT e à esquerda brasileira precisam ir para as ruas no dia 7 para mostrarmos que o Brasil é uma grande nação independente e também para preparar e fortalecer a mobilização nacional em defesa da educação, do patrimônio público, da Amazônia e do emprego no dia 20 de setembro, também em todo pais”, conclui o secretário-geral da CUT

25º Grito dos Excluídos e a reforma da Previdência

Com o objetivo de defender a vida em primeiro lugar, o Grito dos Excluídos está em sua 25º edição e anuncia a esperança de um mundo melhor e promove ações de denúncias dos males causados por este modelo econômico. O Grito alerta para insustentabilidade deste sistema: “Este sistema não vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”.

Daiane Hohn, da coordenação nacional do Grito dos Excluídos, lembra que a mobilização é pela defesa da classe oprimida e destaca a construção desta 25ª edição. 

"Começamos o ano com um crime, reincidente, em Brumadinho, e agora vemos as queimadas na Amazônia. São nove meses passando por notícias que comprovam que este sistema não vale e por isso convidamos toda a população a dar um grito de independência por democracia, soberania, contra a retirada de direitos e pelo direito à vida", disse, em entrevista à imprensa na sede da CNBB em São Paulo, na tarde de terça-feira 3.

O economista Eduardo Fagnani, que também participou da coletiva, destacou que o Grito dos Excluídos deste ano também será um espaço para a mobilização contra a reforma da Previdência, que vai excluir milhares de pessoas do direito a uma aposentaria digna.

“A PEC 6/2019 da Previdência quando veio do governo era pior que o texto de hoje e com luta dos trabalhadores foi possível retirar o aumento gradativo da idade mínima relacionada com a expectativa de vida para conseguir o benefício, tirou também o cancelamento dos reajustes da aposentadoria pelo salário mínimo, os trabalhadores rurais iam ter uma aposentadoria igual aos urbanos e também foi retirado”, informou o professor, que complementou: “Ainda dá tempo de virar o jogo e só com uma forte mobilização e com a forte atuação do movimento sindical será possível barrar esta proposta”, disse. E acrescentou: “Apesar das retiradas de alguns pontos do texto, a reforma ainda é excludente e este governo não desistiu de lançar a capitalização. E é por isso que temos que continuar a pressão no Congresso Nacional, e chamar audiências públicas para discutir com a sociedade. O jogo não acabou e ainda tem como evitar esta tragédia no Senado”, reforçou.

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