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Chapéu
Pandemia não acabou

Conselho Diretor do Banco do Brasil perde o pudor e coloca funcionários em risco

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Arte em desenho mostra duas pessoas na cor branca com máscaras e semblante preocupado, envoltas por vírus

Em tempo: Sindicato vence ação sobre Home Office. Entenda.

Após a divulgação do “convite” de retorno ao trabalho presencial para os funcionários que estão em home office, com intuito dissimulado de garantir aos “voluntários” uma forma de trabalho alternativo e requerido para mitigar ansiedades e desejo de retorno de alguns, as Diretorias do BB perderam o pudor e estão descaradamente convocando, com ameaças e intimidações, os funcionários para esse retorno.

“Vergonhosamente, as Diretorias do BB não assumem a responsabilidade pela indecente convocação dos funcionários que estão em teletrabalho. Estão deixando sob condução e resposta dos administradores que, inacreditavelmente, não têm demonstrado nenhum pudor ou preocupação em chamar os funcionários ao presencial nos prédios, mesmo sabendo que aumenta o risco de contaminação”, afirma Willame de Lavor, dirigente sindical pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancário do Banco do Brasil.

Ainda não há nenhuma garantia para o fim da pandemia neste momento. O movimento sindical já fechou entendimento de que ainda devem ser mantidos todos os protocolos de segurança para os trabalhadores em agências, assegurando a necessidade de vacinação para todos, distribuição de máscaras, álcool em gel, protetores em acrílico, distanciamento social e redução do horário de atendimento, não cobrança abusiva das metas. Também, devem ser mantidos o máximo possível de trabalhadores em teletrabalho, para que não haja disseminação do coronavírus e adoecimento das pessoas.

“Essa forma de desrespeito é muito mais grave que as demais mazelas que o banco apronta cotidianamente, porque isso coloca em insegurança os trabalhadores e seus familiares quanto a sua vida e sua saúde. Não se trata de metas, nem de trabalho e processos, mas da vida, de saúde e de bem-estar físico, social e mental dos funcionários, inclusive com risco de óbitos, o que ninguém deseja”, afirma Willame de Lavor, dirigente sindical e bancário do Banco do Brasil.

Ao invés de promover o retorno quando 70% da população estiver imunizada com esquema vacinal completo, os administradores do banco intimidam os funcionários, como se estivessem escondidos atrás da moita, até descumprindo a própria orientação da empresa de fazer isso na forma de convite e voluntariamente.

“A indecência do BB também não leva em conta a mudança repentina da rotina dos funcionários em teletrabalho. A decisão também é totalmente injustificável, uma vez que o banco está tendo comprovadamente aumento de produtividade e redução de custos, inclusive os direcionados ao plano de saúde dos funcionários. Só se justifica tal maluquice dentro de um viés político-ideológico do governo Bolsonaro, denominado genocida pela opinião pública. Iremos trazer essa anomalia para dentro do BB e colocar em risco a vida de nossos colegas e funcionários?”, questiona Diego Pereira.

“O Sindicato de São Paulo irá acompanhar essa sandice e também não se furtará de buscar as ações sindicais e judiciais cabíveis para dar maior segurança a vida dos funcionários e de seus familiares”, afirma o dirigente.

O Sindicato orienta aos bancários avaliarem o retorno ao trabalho presencial mediante convocação formal dos gestores. Nesse sentido, o que há oficialmente publicado nos comunicados internos do banco é que a volta ao presencial só pode ser feita por convite e de forma voluntária. Algo diferente disso, o trabalhador deve se recusar a fazer.

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