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Chapéu
Mobilize-se

Sábado 2, às 13h, na Avenida Paulista, todos pelo Fora Bolsonaro!

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Ilustração de Jair Bolsonaro segurando uma placa com o dizer "e daí?"

No próximo sábado, 2 de outubro, serão realizados protestos por todo o país contra o governo do presidente Jair Bolsonaro, que negligenciou a pandemia, levando o Brasil a marca de quase 600 mil mortos por Covid-19; trouxe de volta o fantasma da inflação, principalmente nos combustíveis e alimentos; fez o país voltar ao mapa da fome; e tenta diuturnamente, junto aos seus aliados no Congresso, entregar para a iniciativa privada o patrimônio dos brasileiros e acabar de uma vez por todas com todo e qualquer direito dos trabalhadores. 

Em São Paulo, a mobilização terá início às 13h, na Avenida Paulista, com concentração em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).

“O governo Bolsonaro é uma governo da destruição. Não propõe absolutamente nada para melhorar a vida da população. Apenas destrói os avanços conquistados e se esquiva da própria responsabilidade diante das crises sanitária, energética, social, econômica e política. Enquanto o povo sofre com o desemprego, com a fome, a falta de direitos, a inflação e a dor da perda de parentes e amigos queridos para a Covid-19, tudo o que Bolsonaro faz é deboche e campanha política antecipada, insuflando uma minoria que ainda o apoia”

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. 

“Por isso, em defesa da democracia; dos bancos públicos, ameaçados de privatização explicitamente por Paulo Guedes; contra a fome; pela geração de empregos decentes; em defesa dos direitos dos bancários e de todos os trabalhadores; pelo combate sério e organizado da pandemia, com a aceleração da vacinação; o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região estará na Avenida Paulista neste sábado. Convocamos cada trabalhador e trabalhadora para se somar a esta mobilização”, conclama Ivone. 

Durante os atos, o Sindicato orienta que os bancários utilizem máscaras PFF2, álcool gel e busquem manter o distanciamento social.  

Confira abaixo algumas das razões pelas quais os bancários gritarão Fora Bolsonaro, nas ruas e redes, no próximo sábado 

  • Contra o PL 1043/2019, que pretende acabar com o descanso aos sábados e domingos para bancários 

O PL 1043/2019, que autoriza a abertura de agências bancárias aos sábados e domingos, voltou a tramitar no Congresso Nacional. O projeto de lei é de autoria do deputado David Soares (DEM/SP) e teve parecer favorável do relator na Comissão de Defesa dos Consumidores (CDC), o deputado Fabio Ramalho (MDB-MG), 

“Quando se trata de retirar direitos, tanto a direita bolsonarista quanto a direita que diz ser oposição ao governo se unem. Estaremos nas ruas também para defender nossa jornada e nosso direito ao descanso nos finais de semana. Somos uma das categorias que que mais adoece por conta das metas abusivas. A mudança que precisa ser feita não é no aumento da jornada, mas sim mais contratações e melhores condições de trabalho”, destaca a presidenta do Sindicato. 

> PL 1043, que prevê abertura de agências aos finais de semana, volta a tramitar

  • Em defesa dos bancos públicos 

Bancos públicos fundamentais para o país como o Banco do Brasil e a Caixa, assim como os direitos e empregos dos bancários destas instituições, estão seriamente ameaçados pela postura ultraliberal e privatista do governo Bolsonaro. Recentemente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que possui um plano para os próximos 10 anos de privatizar Banco do Brasil, Petrobras e todas as demais estatais. 

O Sindicato defende os bancos públicos e sua função social enquanto indutores do desenvolvimento, operadores de importantes programas sociais e na oferta de crédito, assim como zela pelos empregos e direitos dos bancários destas instituições.  

  • Por emprego decente 

Hoje, o Brasil possui 14,4 milhões de desempregados (1,6 milhão a mais que em junho de 2020); 7,4 milhões de subocupados (1,9 milhão a mais que em junho de 2020), pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais; 5,6 milhões de desalentados (100 mil a mais que em junho de 2020), que desistiram de procurar emprego; e outras 4,6 milhões de pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos*.

Além disso, da população ocupada, 40,6% dos trabalhadores estão na informalidade. Ou seja, sem qualquer direito. 

Ao contrário do governo Bolsonaro - que aposta na precarização total das relações de trabalho, utilizando-se do falso dilema trabalho ou direitos - o Sindicato defende que o país tenha políticas fiscais e de investimentos para a geração de empregos decentes, com os devidos direitos previstos pela CLT.

* Dados referentes ao final do primeiro semestre de 2021

  • Contra a fome

Com Bolsonaro, o Brasil voltou ao mapa da fome da ONU. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada pelo IBGE, 41% da população brasileira, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou algum grau de insegurança alimentar. 

O Sindicato não aceita que no Brasil - terceiro maior produtor de alimentos do mundo e segundo maior exportador - boa parte da população tenha de se alimentar de ossos de boi, farelo de arroz e bandinha de feijão enquanto o agronegócio bate recordes de lucro exportando com o dólar nas alturas, o que é motivo de comemoração para o governo Bolsonaro.

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  • Em defesa da democracia  

Bolsonaro já deu inúmeras declarações que mostram seu total desprezo pela democracia, seja enquanto deputado federal, na campanha presidencial e já no exercício do mandato de presidente. Atacou outros poderes, ameaçou opositores, disse que não aceitaria o resultado das eleições caso não seja reeleito. 

Enquanto uma entidade quase centenária, que sofreu as mazelas de uma ditadura militar, o Sindicato avalia a postura antidemocrática e autoritária do presidente como inaceitável, incompatível com o cargo que ocupa.  

  • Em memória dos quase 600.000 mortos na pandemia, pela vida e por vacina já! 

Desde o início da pandemia, Bolsonaro boicotou as medidas capazes de reduzir o número de contaminações e mortes por Covid-19 como, por exemplo, o distanciamento social, o uso de máscaras e atrasou a compra das vacinas. Além disso, promoveu aglomerações e debochou daqueles que respeitavam as medidas de proteção e até mesmo do número de mortes com a frase “e daí, eu não sou coveiro”. 

O Sindicato grita fora Bolsonaro em memória dos quase 600.000 mortos, entre eles bancários, bancárias e companheiros de luta do movimento sindical. Também cobra a devida organização e aceleração da vacinação pelo governo federal, que até o momento se mostrou ineficaz e omisso no combate à pandemia.   

  • Contra a PEC 32 (Reforma Administrativa)

A PEC 32, a chamada Reforma Administrativa, projeto de enorme interesse do governo Bolsonaro, cujo o seu ministro da Economia já afirmou ter colocado uma granada no bolso do servidor público, pode ir para votação em plenário na semana do dia 12 de outubro. 

O Sindicato estará nas ruas também para protestar contra o projeto, que ameaça o serviço público, a estabilidade do servidor e abre brechas para a corrupção por meio da ampliação da contratação sem concurso público. 

> População pode ficar sem serviços gratuitos com reforma Administrativa. Entenda 

  • Pela mudança na política de preços da Petrobras 

Ao contrário do que alega Bolsonaro, que costuma culpar a alta dos combustíveis, incluído o gás de cozinha, no ICMS praticado pelos estados, as razões da escalada vertiginosa nos preços são outras.

> 4 motivos pelos quais a gasolina e o gás estão tão caros 

Desde o governo Temer vem sendo adotada a PPI (Preço de Paridade de Importação), política mantida por Bolsonaro, na qual os combustíveis são reajustados pela variação do mercado global, o que favorece apenas os acionistas da Petrobras, encarecendo os combustíveis e todos os produtos que dependem do transporte rodoviário.

O reajuste dos combustíveis deveria se basear nos custos nacionais de produção de derivados de petróleo e não no preço de importação. 

  • Contra o PL 591/21

O Sindicato também estará nas ruas contra o PL 591/21, já aprovado na Câmara e que aguarda apreciação no plenário do Senado. 

O projeto abre caminho para a privatização dos Correios, uma empresa que lucrou R$ 12 bilhões em 20 anos, que chega em todos os municípios do país, e que presta importantes serviços à população como a garantia constitucional do serviço postal universal; tarifas mais baratas do que os concorrentes privados; inclusão bancária; vacina e remédios nos postos de saúde; logística das urnas eletrônicas durante as eleições; entrega de livros e materiais didáticos nas escolas públicas de todo o Brasil; logística da entrega de provas do Enem, entre muitos outros. 

  • Contra o PL 1595/21

Outra pauta dos atos do dia 2 é pressionar os parlamentares a não aprovarem o PL 1595/21, que propões alterações na lei antiterrorismo (13.260/2016) que criminalizam movimentos sociais e ameaçam o direito à livre manifestação. 

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