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Estudo prevê explosão de trabalho remoto

Linha fina
Justiça do Trabalho e Legislativo já trabalham para garantir direitos como hora extra e adicionais diante das novas relações profissionais
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São Paulo – O total de trabalhadores brasileiros que exercerão suas funções longe de escritórios tradicionais deve crescer 31% em dois anos, saltando dos atuais 28% para 39% em 2014. A previsão está no estudo The Citrix Workplace of the Future, feito pela Vanson Bourne em agosto. A informação é do Valor Econômico.

A pesquisa, feita com base em entrevistas a cem profissionais de TI em 19 países, aponta também que atualmente, no Brasil, 43% das empresas possibilitam que os trabalhadores atuem à distância. Para 2012, espera-se que o índice suba para 94%.

No mundo, 22% dos profissionais trabalham remotamente, número que deve subir 50% e chegar a aproximadamente 33%. A pesquisa informa ainda que 62% das empresas no mundo já adotam o sistema, índice que deve alcançar 83% em 2014.

Direitos – Diante do crescimento do trabalho fora dos escritórios tradicionais, a Justiça do Trabalho e o Poder Legislativo já se movimentam no sentido de preservar os direitos dos trabalhadores.

O Legislativo, por exemplo, aprovou a Lei 12.551 que acaba com a distinção em relação ao trabalho realizado na empresa e o realizado à distância, por meio de tecnologias como internet ou celular; determinando que não há distinção entre ordens dadas ao empregado de forma pessoal ou via mensagem de celular ou e-mail, por exemplo. A legislação foi sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff em dezembro de 2011.

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Motivados pela nova norma, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já deu nova redação à Súmula 428, que versa sobre o tema.  “A lei passou a dizer que o trabalho realizado à distância é tempo de serviço. (...) A meu juízo, é inafastável a revisão da súmula em face da superveniência da lei”, afirmou em janeiro o presidente do Tribunal, João Oreste Dalazen, também para o Valor.

Já há, no TST, caso de bancário que ganhou ação de horas extras por ficar em casa à disposição da empresa. O funcionário, do HSBC, durante uma semana por mês permanecia em casa, à disposição da instituição financeira.

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Redação, com informações do Valor Econômico - 4/101/2012

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