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Jornada Mundial pelo Trabalho Decente rechaça crise

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Em todo o mundo, centrais sindicais reiteram luta por condições dignas de trabalho e exigem ações para combater o desemprego juvenil
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São Paulo – Trabalho Decente é definido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir vida digna aos trabalhadores. E é em busca da consolidação dessas diretrizes que a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente realiza neste mês de outubro uma série de atividades em meio à crise financeira mundial.

No domingo 7, as centrais sindicais de diversos países organizaram manifestações, encontros, entre outras ações que reafirmaram a luta por condições dignas de trabalho e rechaçaram a incapacidade ou falta de vontade de governos em restabelecer o emprego e o crescimento.

> Acesse o site oficial e confira as principais ações que acontecem pelo mundo

Desde 2008, quando a crise financeira mundial agravou a situação econômica de diversos países, as entidades sindicais vêm promovendo a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente com atos, passeatas e mobilizações de rua para dizer: os trabalhadores não pagarão pela crise.

As ações são organizadas pela CSI (Confederação Sindical Internacional) com apoio da CSA (Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas) – confederações às quais a CUT é filiada. Neste ano, os temas escolhidos para a jornada foram: agravamento da crise financeira e o desemprego juvenil.

As centrais sindicais que compõe a Jornada pelo Trabalho Decente denunciam que a atual crise do sistema financeiro mostra que os governos estão buscando saídas que atacam os direitos da classe trabalhadora, promovendo políticas de austeridade e arrocho salarial. “Não é com menos salários e direitos que vão conseguir criar mais empregos e combater a crise. Pelo contrário, é com trabalho decente, trabalho com plenos direitos”, diz o documento da jornada.

Juventude – O desemprego em escala mundial afeta em maior proporção a juventude. É o que denuncia a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente, que criou um site especial com estudos sobre o desemprego juvenil no mundo, além de canais de denúncias para que a juventude encaminhe mensagens aos governantes de seus países ou divulguem a agravante situação nas redes sociais. Acesse aqui.

Atualmente, são mais de 75 milhões de jovens desempregados em todo o mundo. Na Espanha, por exemplo, o desemprego atinge 25% da população, índice este que abrange cerca de 50% da juventude, conforme denunciou a Cúpula dos Povos, que reúne 150 organizações sociais e sindicais espanholas, durante manifestações pelo país no domingo 7.

> Protestos crescem e espanhóis pedem por referendo

Segundo o documento da Jornada, além do alto índice de desemprego, há outros milhões de jovens que exercem o trabalho informal e precário. “Em alguns países o desemprego juvenil atinge 60% da população e ainda há toda uma geração de jovens que enfrentam a exclusão do mercado de trabalho e não têm nenhuma possibilidade de encontrar uma vaga, nem mesmo a educação e formação que permitiriam a eles estarem preparados para trabalharem no futuro.”

CUT – A Central Única dos Trabalhadores faz parte da Jornada Mundial pelo Trabalho decente e desde 2008 promove atividades em apoio ao movimento. João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT, explicou que é fundamental a participação e apoio da Central, apesar de o Brasil estar enfrentando uma situação melhor. “Felizmente, estamos melhores, com categorias conquistando ganhos reais. Mesmo assim, há muito que se fazer no sentido de garantir e ampliar direitos. Além disso, somos solidários a todos trabalhadores que lutam por trabalho decente, em especial os gregos, portugueses, espanhóis e irlandeses e suas respectivas centrais sindicais que têm realizado atos de protesto contra as políticas neoliberais e conservadoras impostas pelos seus governos.”


Redação, com informações da CUT e da CSA – 10/10/2012

 

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