São Paulo – Mesmo com lucros bilionários e cada vez maiores, os bancos continuam cortando empregos. Enquanto a economia do país gerou 1.323.461 vagas com carteira no ano (de janeiro e setembro), o setor bancário cortou 2.769 postos no mesmo período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Em setembro, o país abriu 211.068 postos de trabalho com carteira assinada. Foi o maior saldo em 13 meses e também o melhor para meses de setembro nos três últimos anos. Já o setor bancário, após dois meses consecutivos de resultados negativos, criou 614 novos postos de trabalho. Mas esse resultado deve-se à contribuição dos empregos gerados pela Caixa Federal. Sem o banco público, o saldo do setor é de 99 vagas a menos no mês.
> Mercado formal abre 211 mil vagas em setembro
“Nas negociações com os bancos, este ano, voltamos a reivindicar o fim das demissões e mais contratações no setor. A campanha se encerrou, mas a luta por mais empregos bancários não será interrompida. Vamos continuar exigindo que as instituições financeiras, que lucram tanto, criem mais empregos para o país, melhorem as condições de trabalho e de atendimento à população”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Lucros – De junho de 2012 a junho de 2013, o setor bancário apresentou lucro de R$ 59,7 bilhões, segundo o Banco Central. O resultado é 7% maior que o de junho de 2011 a junho de 2012. Só os seis maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) lucraram no primeiro semestre deste ano R$ 29,6 bi, salto de 18,2% em relação ao mesmo período de 2012.
Andréa Ponte Souza - 18/10/2013
