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Bancos elevam juros ao maior patamar em 13 meses

Linha fina
Taxas médias cobradas para pessoas físicas e jurídicas bateu nos 19,3% ao ano, segundo números do BC
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São Paulo – Os bancos brasileiros elevaram em setembro a taxa média de juros para 19,5% ao ano, maior patamar desde agosto do ano passado, quando foi de 19,6% ao ano. Os dados foram divulgados pelo Banco Central na terça-feira 29.

Para pessoas físicas, a taxa média ficou em 25,5% ao ano, alta de 0,3 ponto percentual em relação a agosto e queda de 0,2 ponto percentual em 12 meses. Nas operações destinadas a pessoas jurídicas, o índice médio manteve-se nos mesmos 14,7% de agosto, total de 0,2 ponto percentual maior do que em doze meses.

O spread – diferença entre o que os bancos gastam para captar dinheiro no mercado e o quanto ganham com os empréstimos – ficou estável em 11,3%. Vale lembrar que a taxa de juro cobrada pelos bancos, principalmente em modalidades como do cheque especial, estão entre as mais altas do mundo.

A inadimplência aumentou 0,1 ponto percentual, ficando em 3,3%.

PIB – O saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,598 trilhões, o que representa 55,5% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Esse percentual ficou estável em relação a agosto. No mês, o saldo apresentou expansão de 0,8% e em 12 meses encerrados em setembro, 15,7%.

Greve – Em seu relatório, o Banco Central considerou a greve dos bancários como um dos motivos para a o arrefecimento da elevação do crédito no mês, “com impacto mais significativo sobre as concessões de financiamentos para pessoas físicas”.  A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, explica: “os bancários foram arrastados para a greve por conta da intransigência dos banqueiros, que nem sequer propuseram aumento real nas negociações antes da paralisação, apesar das insistentes cobranças e dos lucros estratosféricos”, lembra.

A presidenta continua: “se a paralisação foi longa, novamente á responsabilidade dos bancos, já que eles passaram semanas em silêncio, sem sequer chamar os bancários para negociar. Quando o fizeram e melhoraram a proposta, a categoria encerrou o movimento no dia seguinte”, completa a dirigente.


Redação – 29/10/2013
(Atualizado às 18h01)

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