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CUT consegue barrar tramitação do PL 4330

Linha fina
Presidente da Central, Vagner Freitas, diz que projeto ainda não foi “enterrado”, mas que bancada patronal está com medo das urnas em 2014
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São Paulo – O Projeto de Lei 4330, que estava pronto para ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, só deve voltar a tramitar na casa depois das eleições de 2014. Isso porque a Central Única dos Trabalhadores (CUT) arrancou o compromisso da liderança do governo, da bancada do PT e de parte da bancada governista de obstruir a votação.

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De autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), o PL 4330 é considerado pelos trabalhadores como um retrocesso para o país, pois regulamenta a terceirização fraudulenta – permitindo que as empresas terceirizem até suas atividades essenciais – e, assim, precariza empregos.

“O PL 4330 estava praticamente aprovado. Contava com a maioria na CCJ e com a maioria no plenário. Mas a ação da CUT foi tão forte que reverteu a decisão de diversos parlamentares, com medo da repercussão na mídia, com medo de serem indicados por nós como traidores da classe trabalhadora e com medo de sofrerem as consequências nas eleições de 2014. Todas as manifestações que fizemos em Brasília repercutiram na imprensa e conseguimos mostrar que esse projeto não é nocivo só para a classe trabalhadora, mas para toda a sociedade brasileira”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas. Bancário, Vagner faz parte de uma das categorias mais ameaçadas pelo PL 4330: a terceirização no setor financeiro avança em ritmo intenso.

“Não quer dizer que o PL 4330 saiu da pauta do Congresso. Passadas as eleições, a bancada patronal provavelmente vai retomá-lo. Isso quer dizer que ainda não enterramos essa medida nociva, mas vamos enterrar”, afirma o dirigente, acrescentando que as bancadas do PT e do PCdoB continuarão atentas a qualquer manobra para aprovar o projeto.


Andréa Ponte Souza - 4/10/2012

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