São Paulo – O Bradesco anunciou nesta segunda-feira 21 lucro líquido de R$ 3,064 bilhões no terceiro trimestre. O resultado superou as expectativas de analistas de mercado. O montante é o terceiro maior da história entre os bancos para um terceiro trimestre e representa alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo com esse lucro volumoso, o banco continua a por em prática sua política de demissões. Em relação a setembro de 2012, houve redução de 2.690 postos de trabalho. Somente nos três últimos meses são 541 empregos a menos.
De acordo com o balanço, as receitas da instituição com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas cobrem 149% do total de despesas de pessoal do Bradesco. Isso significa que somente com a cobrança de tarifas o banco paga toda a sua folha e ainda sobra 49% do valor arrecadado. Nos nove primeiros meses de 2012, essa relação era de 138%.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 14,303 bilhões, com crescimento de 14,4% ante os primeiros nove meses de 2012.
Para o dirigente sindical Marcelo Peixoto, funcionário do Bradesco, os sucessivos resultados positivos da instituição não coincidem com melhorias nas condições dos bancários. “O Bradesco continua sendo o único dos grandes bancos que não paga auxílio-educação aos empregados. Temos sofrido um processo de muitas demissões. Os trabalhadores que não são demitidos ficam sobrecarregados e há um grande número de adoecimentos”, relata.
Mais números – O lucro líquido ajustado nos nove primeiros meses de 2013 foi de R$ 9,003 bilhões, o que representa variação de 4,6% em relação aos R$ 8,605 bilhões alcançados no mesmo período de 2012.
Desse montante, R$ 6,264 bilhões (69,6%) provieram de atividades financeiras. Os R$ 2,739 bilhões (30,4%) restantes foram gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização.
Os ativos totais do banco, em setembro de 2013, registraram saldo de R$ 907,694 bilhões, crescimento de 6,0% em relação ao mesmo período de 2012.
A carteira de crédito expandida atingiu R$ 412,559 bilhões, evolução de 11,0% em relação ao mesmo período de 2012. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 127,068 bilhões (10,9% a mais do que em setembro de 2012), enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 285,491 bilhões (crescimento de 11,0%).
Inadimplência em queda – O índice de inadimplência superior a 90 dias recuou 0,5 p.p. nos últimos doze meses, e encerrou 30 de setembro de 2013 em 3,6%. No mesmo período do ano passado, o índice era de 4,1%.
As despesas de PDD caíram 1,5% no acumulado dos nove meses em relação ao mesmo período do ano anterior. O maior impacto da queda foi no 3º trimestre, quando as despesas de PDD caíram 6,9% em relação ao 2º trimestre de 2013 e caíram 12,8% em relação ao 3º trimestre de 2012.
Redação - 21/10/2013
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Instituição apresentou resultado de R$ 3,064 bi no terceiro trimestre, alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado; mesmo assim, demissões aumentaram
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