São Paulo – O número de assaltos a banco diminuiu no estado de São Paulo em setembro. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, as ocorrências caíram de 22, em agosto, para 18, no mês seguinte, redução de 18,2%.
O Sindicato, no entanto, questiona os números, já que o crime conhecido como saidinha de banco, que envolve transações bancárias, não é tipificado pelo governo do estado.
“O número que a secretaria de segurança pública está apresentando não condiz com a realidade, já que nem os bancos nem o governo caracterizam e medem essa modalidade de crime”, afirma o secretário executivo do Sindicato Daniel Reis. Para o dirigente, os bancos negligenciam a vida dos clientes que precisam se deslocar até as unidades bancárias.
“Quem frequenta as agências hoje são as pessoas com menos recursos, como o pensionista, o aposentado, que precisam muito de dinheiro em espécie, por isso é mais fácil para o bandido atacar essas vítimas”, diz Daniel.
O Sindicato defende a implantação de medidas de segurança para a não visualização das operações bancárias no interior das agências como, por exemplo, a instalação de divisórias entre os caixas – eletrônicos ou não – e biombos para separar os clientes que estão utilizando as máquinas daqueles que estão aguardando na fila.
“Medidas simples como a instalação de biombos e divisórias diminuiriam a incidência da saidinha de banco simplesmente porque os criminosos ficariam impossibilitados de observar as transações dos clientes”, completa Daniel.
Pouco investimento – De acordo com o Dieese, com base nos balanços publicados no primeiro semestre de 2013, os seis maiores bancos lucraram R$ 29,6 bilhões e investiram R$ 1,6 bilhão em despesas com segurança e vigilância, o que representa média de 5,4% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança.
Rodolfo Wrolli - 29/10/2013
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Homicídios, latrocínios e assaltos a banco caem, mas governo do estado não computa número de ataques a clientes fora das agências
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