São Paulo – Um dos principais centros administrativos do banco espanhol, o Vila Santander, teve suas atividades interrompidas no segundo dia de greve. Os cerca de três mil trabalhadores engrossaram a paralisação nacional e deixaram o complexo totalmente vazio na quarta 1º.
> Greve dobra e cobra proposta
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Desde as primeiras horas da manhã, a Comissão de Esclarecimento estava no local onde está instalado o call center da instituição financeira para orientar os funcionários da importância de fortalecer o movimento para arrancar nova proposta da federação dos bancos (Fenaban).
“O vale-alimentação acaba na metade do mês e olhe que só compro coisas básicas. Comer aqui também é difícil, pois o restaurante da Vila cobra R$ 31 o quilo da refeição. Então tem de aumentar esses vales, do jeito que está não dá”, disse uma funcionária.
Outra trabalhadora relata que a cobrança por metas está insuportável e que ela e outros funcionários já se afastaram por terem comprometido a saúde. “Tenho colegas que se afastaram por mais de um mês e todos pelo mesmo motivo: crise de ansiedade, nervosismo e depressão”, desabafa. “Não tenho dúvida de que a culpa disso são as metas que estão muito pesadas. Todo dia tem cobrança, pressão. Ficamos com isso na cabeça o tempo todo. À noite não conseguimos dormir direito e chegamos cansados no dia seguinte. Isso tem de acabar, se não destroem nossa saúde.”
Aumento maior nos vales alimentação e refeição e o fim das metas abusivas estão entre as principais reivindicações da Campanha 2014.
Jair Rosa – 1º/10/2014
