São Paulo – Condições de trabalho, metas abusivas e sobrecarga estarão no centro das discussões entre bancários e Santander na quinta-feira 23, quando ocorre mais uma rodada de negociação para a assinatura do acordo coletivo aditivo. Na última mesa, o banco apresentou contraproposta que não contempla as reivindicações.
“Discutiremos principalmente questões relativas à pressão, à falta de funcionários, à sobrecarga de trabalho e a reuniões diárias para cobranças de metas abusivas, que levam ao adoecimento. Na Campanha Nacional 2014, a Fenaban (federação dos bancos) alegou que esse tipo de questão deveria ser negociada banco a banco. Então esperamos que o Santander nos escute nessas que são as maiores reclamações da categoria”, afirma a diretora executiva do Sindicato Maria Rosani.
Além de condições de trabalho, cláusulas específicas serão tratadas. Ampliação de bolsas de estudo para uma segunda graduação e seu reajuste pelo índice da Fenaban é um exemplo.
Para discutir questões de saúde denunciadas pelos trabalhadores – como falta de autonomia do médico do trabalho para considerar inapto o trabalhador afastado e sem condições de voltar ao serviço –, o banco se comprometeu a enviar o médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) à negociação.
“Já a proposta do Santander sobre cláusula de igualdade de oportunidades foi considerada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) genérica, sem efetividade. Queremos posicionamento objetivo que traga avanços específicos para os trabalhadores”, afirma Rosani.
Mariana Castro Alves – 22/10/2014
