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São Paulo – Durou aproximadamente meia hora a primeira sessão de julgamento de acusados de serem mandantes da chacina de Unaí (MG), ocorrida em janeiro de 2004. Advogados de defesa conseguiram o adiamento, alegando que algumas provas foram adicionadas ao processo sem prévio conhecimento. Com isso, o julgamento começará apenas na terça-feira 27, para dois dos réus. Outros dois serão julgados em 4 e em 10 de novembro.
Na quinta 22 deveriam ser julgados o empresário Norberto Mânica, acusado de ser o mandante, José Alberto Costa, o Zezinho, e Hugo Alves Pimenta, acusados de participar da contratação dos pistoleiros que mataram três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho. A equipe participava de uma operação de fiscalização a situações de trabalho degradante na zona rural de Unaí, em 28 de janeiro de 2004.
Logo no início da sessão, Hugo, que fez acordo de delação, teve o julgamento separado, sem desmembramento dos autos – e seu julgamento passou para 10 de novembro, a partir das 8h30. Norberto e José Alberto deverão ser julgados na terça 27, no mesmo horário.
O quarto réu é o ex-prefeito de Unaí Antério Mânica, irmão de Norberto, também acusado de ser mandante. Seu julgamento passou da terça 27 para 4 de novembro, igualmente às 8h30.
"Estamos indignados", disse a presidenta do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosa Maria Campos Jorge. "Acredito que essa manobra é para ganhar tempo para eles entrarem com outras ações, como em 2013 (quando deveria ser realizado o julgamento). Acredito que eles vão tentar de novo."
Para ela, a medida indica receio de condenação. Fiscais e familiares continuarão em vigília diante do prédio da Justiça Federal Criminal, em Belo Horizonte. "Vamos continuar cobrando, como estamos fazendo há 12 anos. Não aguentamos mais esse adiamento infinito. Os familiares precisam ter um pouco da paz, desse luto que não acaba. E os auditores também precisam de um pouco de tranquilidade."
Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual - 23/10/2015
Na quinta 22 deveriam ser julgados o empresário Norberto Mânica, acusado de ser o mandante, José Alberto Costa, o Zezinho, e Hugo Alves Pimenta, acusados de participar da contratação dos pistoleiros que mataram três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho. A equipe participava de uma operação de fiscalização a situações de trabalho degradante na zona rural de Unaí, em 28 de janeiro de 2004.
Logo no início da sessão, Hugo, que fez acordo de delação, teve o julgamento separado, sem desmembramento dos autos – e seu julgamento passou para 10 de novembro, a partir das 8h30. Norberto e José Alberto deverão ser julgados na terça 27, no mesmo horário.
O quarto réu é o ex-prefeito de Unaí Antério Mânica, irmão de Norberto, também acusado de ser mandante. Seu julgamento passou da terça 27 para 4 de novembro, igualmente às 8h30.
"Estamos indignados", disse a presidenta do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosa Maria Campos Jorge. "Acredito que essa manobra é para ganhar tempo para eles entrarem com outras ações, como em 2013 (quando deveria ser realizado o julgamento). Acredito que eles vão tentar de novo."
Para ela, a medida indica receio de condenação. Fiscais e familiares continuarão em vigília diante do prédio da Justiça Federal Criminal, em Belo Horizonte. "Vamos continuar cobrando, como estamos fazendo há 12 anos. Não aguentamos mais esse adiamento infinito. Os familiares precisam ter um pouco da paz, desse luto que não acaba. E os auditores também precisam de um pouco de tranquilidade."
Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual - 23/10/2015