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Caixa: empregados conseguem PLR Social por 2 anos

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São Paulo - Depois de várias horas de intenso debate, a direção da Caixa Federal finalmente apresentou aos representantes dos trabalhadores sua proposta global para o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Se aprovado pelos empregados, o acordo terá validade de dois anos, da mesma forma que a proposta da federação dos bancos (Fenaban). A assembleia será nesta quinta, a partir das 17h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé). É necessário apresentar crachá do banco ou holerite e documento com foto. A orientação do Comando Nacional dos Bancários é que seja aprovada.

Na rodada específica ocorrida na madrugada desta quinta, a direção do banco atendeu à reivindicação dos dirigentes sindicais e a PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido entre os trabalhadores, será mantida por dois anos.

Além disso, assegura o pagamento da regra básica da PLR da Fenaban, de 90% do salário mais R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59 – mas ficando assegurado o mínimo de um salário ao empregado – e, ainda, do adicional de PLR, que equivale à distribuição de 2,2% do lucro líquido entre seus trabalhadores.

Se o acordo for aprovado em assembleia e assinado até o dia 15, a Caixa fará o pagamento das diferenças salariais retroativas de setembro e de 60% da PLR até 20 de outubro.

“Foi um embate duro, mas conseguimos, por mais dois anos, a PLR Social no formato como foi criado, sem que houvesse a implantação de metas como o banco queria. Também conseguimos a criação de uma comissão paritária para discutir o RH 184, uma das maiores afrontas aos empregados”, avalia o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados, Dionisio Reis. “Diante do atual momento em que vivemos, com sucessivos ataques ao caráter público da Caixa e a ameaça de perda de direitos, consideramos esse acordo por dois anos uma boa alternativa para os empregados e toda a categoria. Assim defendemos que seja aprovado na assembleia.”

Ainda em relação às clausulas econômicas, para este ano o reajuste nos salários será de 8% mais abono de R$ 3.500 (pago uma única vez); reajuste de 15% para vale-alimentação; e de 10% no vale-refeição e auxílio-creche/babá. Em 2017, será assegurada a reposição da inflação mais 1% de aumento real para salários e verbas.

Dias da greve abonados - Foi assegurado o abono integral de todos os dias da greve, mas a proposta vale apenas para a assembleia de hoje. Se aprovada, nenhum grevista terá de compensar o período de ausência, como ocorreu em anos anteriores.

RH 184 - Criação de uma comissão paritária – formada por representantes dos empregados e do banco – para discutir o normativo, em especial a função de caixa.

Também haverá GT específico para discutir regras de descomissionamento da incorporação de função, entre outros prejuízos aos empregados.

Promoção por mérito - A evolução por mérito fica assegurada também por dois anos, da mesma forma que o GT que discute o aprimoramento constante dos critérios de promoção.

Bolsa de estudos - Concessão de 1,6 mil bolsas: até 300 para graduação, 500 para pós-graduação e 800 para idiomas.

Licença-amamentação - Assegura às empregadas mães, inclusive as adotivas, com filho de idade inferior a 12 meses, dois descansos especiais diários de meia hora cada um, facultado à beneficiária a opção pelo descanso único de uma hora.

Vale-cultura - Fica mantido e tem direito o empregado que ganha até oito salários mínimos

Parcelamento do adiantamento de férias - A Caixa renovará a cláusula referente ao parcelamento do adiantamento de férias em até 10 parcelas mensais

Saúde Caixa - Manutenção do GT Saúde do Trabalhador, do Saúde Caixa e da mesa permanente de negociação; trazendo para a pauta a discussão dos impactos decorrentes da implantação de novos processos de trabalho.

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