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Metalúrgicos do ABC avaliam propostas

Linha fina
Em assembleia, trabalhadores aprovaram acordo com reposição da inflação do Grupo 2 e Estamparia, mas rejeitaram as ofertas dos demais grupos, que não cobrem a inflação
Imagem Destaque
Redação Spbancarios, com Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e RDB
14/10/2016


São Paulo – Em assembleia geral realizada ontem, na Regional Diadema, os metalúrgicos do ABC aprovaram as propostas de reposição da inflação de 9,62%, o que tornou o índice a referência da Campanha Salarial. O reajuste foi negociado pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, com o Grupo 2 e Estamparia. As propostas dos demais grupos que não chegaram ao índice foram rejeitadas.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, lembrou que a divisão nas bancadas prejudicou as negociações. “A negociação está difícil porque os empresários estão divididos, isso ocorre em um cenário de crise política e econômica e prejudica a negociação. Diante dessa conjuntura econômica, conseguir atingir o índice da inflação em dois grupos é uma vitória”.

“Iremos continuar lutando para que os demais grupos patronais acompanhem o que foi aprovado ontem [quinta-feira 13] e também faremos pressão nas empresas. Onde as negociações estiverem difíceis, faremos paralisa¬ções e com aquelas empresas que atingirem o INPC, faremos acordo”, reforçou.

Em entrevista à TVT, o presidente da Federação Estadual dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) em São Paulo, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, lembrou que a pauta entregue às empresas, no dia 7 de julho, tem cinco itens principais: a não terceirização e a perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação; aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.

> Assista à reportagem da TVT

Entretanto, Luizão disse que o mínimo aceitável é a reposição integral da inflação. "O que nós estávamos trabalhando como algo razoável para apresentar aos trabalhadores seria a recuperação dos salários." Ele acrescenta que as empresas só apresentaram retiradas de direitos. "Eles vieram com a proposta do congelamento de salário por três anos e o fracionamento das férias. Além disso, procuraram retirar a cláusula que protege o trabalhador portador de doença profissional", disse.

Segundo o presidente da FEM-CUT, nenhum setor apresentou uma proposta adequada. "O setor de autopeças fez uma proposta de 8%, que não chega a repor o índice de inflação, o setor de laminação ofereceu 6% de reajuste e as pequenas empresas não apresentaram nada, alegando que o momento econômico não permite."
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