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Debate aborda rentabilidade nos fundos de pensão em tempos de crise

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Promovido pela Anapar, XII Encontro de Dirigentes de Fundos de Pensão contou com presenças do professor de Economia da UFRJ, João Sicsú; do jurista Fábio Carvalho, Sérgio Ferreira, ex-desembargador do TRF 2ª Região; e Guilherme Benites , sócio da Aditus Consultoria Financeira
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São Paulo – O XII Encontro de Dirigentes de Fundos de Pensão, promovido pela Anapar (Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão) em 19 de outubro, em Brasília, debateu a busca por rentabilidade das entidades em um cenário de grave crise econômica. O dirigente e conselheiro da Anapar, Renato Carneiro, representou o Sindicato. Também marcou presença o dirigente da Apcef-SP e também conselheiro da Anapar, Valter San Martin.
 
O evento contou com palestras do professor de Economia da UFRJ, João Sicsú; do jurista Fábio Carvalho; Sérgio Ferreira, ex-desembargador do TRF 2ª Região; e Guilherme Benites, sócio da Aditus Consultoria Financeira.
 
Com o tema Avanços e Retrocessos da Economia Brasileira na Última Década, Sicsú apresentou análise da conjuntura macroeconômica do país onde demonstrou o acerto de programas econômicos em relação ao incentivo ao consumo como força motriz da economia.

Já Fábio Junqueira abordou o tema Papel da Governança e Seus Efeitos para a Fiscalização dos Fundos de Pensão. Na sua fala, o jurista destacou o papel da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) nos últimos anos, apresentando um panorama geral do papel fiscalizador da entidade e sua mudança quando passou a ser subordinada ao Ministério da Fazenda, onde, na visão do jurista, está perdendo sua característica de regulação, fomento e apoio a políticas de promoção da cultura de previdência no país, assumindo papel apenas de fiscalizador e inquisidor na criação de regulação na qual qualquer ação dos dirigentes está sendo criminalizada. Para Junqueira, a atuação de dirigentes eleitos é a melhor e mais transparente maneira de gerir os fundos de pensão, sejam eles estatais ou privados.
 
Por sua vez, Sérgio D`Andrea Ferreira, que atuou como desembargador federal no TRF 2ª Região, deu uma aula sobre a historia jurídica do Brasil e deixou uma frase que ressoou na plateia: “O Estado é a sociedade”.
 
Por fim, Guilherme Benites, que presta serviços a várias entidades de fundos de pensão, falou sobre o tema Crise Econômica e os Fundos de Pensão: Riscos, Controles e Oportunidades. O palestrante deu uma visão geral sobre como está se comportando a economia, como atuavam a maioria dos fundos, em seus investimentos, para alcançar suas metas atuariais, e como o cenário econômico mudou, levando os fundos a reverem suas políticas de investimento para os próximos anos com objetivo de garantir uma aposentadoria tranquila aos seus associados.
 
Para ele, a maioria dos fundos terá de rever suas estratégias de investimentos em cenário de inflação baixa, com as aplicações em renda fixa e papeis do tesouro, nas quais a baixa rentabilidade não proporcionará a rentabilidade desejada. De acordo com o consultor, os fundos terão que ser mais arrojados e, ao mesmo tempo, seus dirigentes têm de ser mais firmes com a gestão transparente e atentos com a governança e análise de risco.
 
“O encontro foi de grande proveito para todos os dirigentes de fundos de pensão, que valorizam a transparência na gestão e a ética na governança. É sempre bom adquirir mais conhecimento para enfrentar os desafios que estão apresentados neste cenário de crise”, avalia Renato Carneiro.
 
“Nossa maior missão é defender o interesse dos associados na gestão dos fundos, garantindo uma aposentadoria tranquila para os trabalhadores. Para isso, temos de estar cada vez mais preparados. O XII Encontro de Dirigentes de Fundos de Pensão proporcionou exatamente isso”, acrescenta Valter San Martin.

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