São Paulo – A luta pelo não fechamento da agência Jardim Camargo Novo da Caixa, que simboliza a resistência ao desmonte do banco público, ganhou novo capítulo na quarta-feira 25, quando representantes da SR Penha se reuniram com o Sindicato, subprefeitura, lideranças comunitárias, parlamentares e comerciantes locais.
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No encontro, os representantes da SR Penha afirmaram que vão encaminhar à matriz do banco todos os ofícios e documentos entregues pelo Sindicato cobrando a manutenção das atividades da unidade, única agência bancária do bairro localizado no extremo-leste da capital paulista,
"A reunião foi muito representativa, com a presença do subprefeito, de deputado e ex-deputado estadual, lideranças locais e comerciantes. Mostramos aos representantes da SR Penha que o Sindicato e a comunidade local estão unidos na luta pela permanência da agência. Não vamos desistir enquanto a direção da Caixa não recuar da sua decisão de encerrar as atividades de uma unidade tão fundamental para os moradores e comércio do bairro", destaca a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa, Vivian Sá.
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Presente no encontro, o deputado estadual Alencar Santana Braga (PT) colocou sua preocupação com a situação da Caixa, que passa por um desmonte conduzido pelo governo Temer, e questionou as razões para o fechamento da agência Jardim Camargo Novo, uma vez que a unidade é essencial para os moradores e desenvolvimento da região. O ex-deputado Gerson Bittencourt, também presente na reunião, questionou o processo que levou à decisão de fechar a agência.
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Já o subprefeito regional do Itaim Paulista, José Denycio, que é morador da região, enfatizou que o desenvolvimento local se deu com muita dificuldade e que cada equipamento público, como é o caso da agência Jd. Camargo Novo da Caixa, foi fruto de muita mobilização. “Nada veio de graça. Tudo foi com muita luta”, disse, se colocando totalmente contrário ao fechamento da unidade.
Por sua vez, o líder comunitário Euclides Mendes, o Kiko, lembrou que a agência, mesmo sendo relativamente nova, é responsável por mais de 12 mil contas poupança. Leonardo Medeiros, outra liderança local e conselheiro participativo do Itaim Paulista, reforçou que o Jd. Camargo Novo, raramente lembrado nas políticas municipais, já é um local carente de equipamentos públicos, o que se agravaria com o fechamento da sua única agência bancária.
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Representando o comércio da região do Jd. Camargo Novo, Seu Robson, que trabalha para uma grande rede de farmácias, enfatizou que o movimento do comércio no entorno da agência cairá significativamente com o seu fechamento, o que fará com que muitos comerciantes fechem suas portas.
“Deixamos claro para a SR Penha que não concordamos com o fechamento de agências da Caixa.Vamos continuar lutando em defesa da agência Jd. Camargo Novo até que a direção do banco recue da sua decisão. Para nós, o fechamento de 100 agências no município de São Paulo é parte do desmonte do banco público, que está destruindo o caráter público e a função social da instituição, com o objetivo de privatizar um patrimônio do povo brasileiro. Sabemos que a decisão sobre o fechamento de agências vem da matriz, sob ordens do governo Temer. Portanto, a direção do banco será mais uma vez cobrada em mesa permanente de negociação na quinta 26”, conclui a dirigente sindical e empregada da Caixa, Vivian de Sá.
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Cobrança - O Sindicato já enviou ofício à direção da Caixa reivindicando que a decisão de fechar cerca de 100 agências no município de São Paulo, incluída a unidade do Jd. Camargo Novo, seja revista. Em ato realizado na segunda-feira 23, a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, entregou documento a um representante da SR Penha cobrando a permanência do banco público no local.
Apoio - No mesmo dia da reunião com a SR Penha, a presidenta do Sindicato foi até a Câmara Municipal de São Paulo, onde angariou o apoio dos vereadores Alfredinho (PT), Antônio Donato (PT) e Milton Leite (DEM), presidente da casa, na luta contra o fechamento de agências da Caixa e em defesa dos bancos públicos. Os parlamentares assumiram o compromisso de apresentar uma moção em defesa dos bancos públicos para apreciação do plenário.
> Sindicato conquista apoio de vereadores na defesa dos bancos públicos
Também na quarta-feira, dirigentes sindicais coletaram centenas de assinaturas em diversos pontos da capital paulista para o abaixo-assinado em defesa dos bancos públicos. Na ocasião, também foram coletadas assinaturas em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular que propõe a revogação da reforma trabalhista de Temer.