Um ato em memória dos sete meses da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) distribuiu mil placas com o nome da parlamentar, neste domingo 14, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. Marielle foi morta a tiros, em 14 de março, ao lado de Anderson Gomes, que dirigia o carro em que foram atacados. Até hoje as investigações não indicaram nenhum suspeito do crime. A matéria é da Rede Brasil Atual.
O ato deste domingo foi um protesto em resposta à destruição de uma tabuleta com o nome de Marielle, no mesmo local, por dois candidatos do PSL, dias antes do primeiro turno das eleições. Houve protesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro, do mesmo partido dos vândalos ("Ele não!)", e gritos de apoio a seu oponente, o petista Fernando Haddad ("Haddad sim!").
O ato foi a segunda homenagem a Marielle em dois dias. Na véspera, a escola de samba Mangueira elegeu, para seu samba-enredo do carnaval de 2019, História para ninar gente grande, de autoria do carnavalesco Leandro Vieira – cuja proposta, que citará a vereadora assassinada, é contar passagens da história do Brasil sob o olhar dos excluídos.
A produção de tabuletas como homenagem a Marielle foi iniciativa do site Sensacionalista, que fez uma "vaquinha" virtual, cujo objetivo inicial era arrecadar R$ 2 mil para fazer 100 placas. A meta foi atingida em 20 minutos, e a vaquinha arrecadou um total de R$ 39.743, com 1.569 doadores – pessoas físicas e jurídicas.
No fim da manifestação, os ativistas foram instruídos a guardar suas placas e a sair em grupos, por segurança. "Vamos mostrar nas urnas que o amor sempre vence", disseram os manifestantes.