Nem mesmo calor e a pandemia impediram os bancários de protestarem contra as demissões que vem ocorrendo no Bradesco. Nesta terça 6, o alvo foram três agências (Nacional; Trianon e Osvaldo Cruz) localizadas na Avenida Paulista, mas outras três unidades do banco também receberam protesto.
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Esse é o terceiro dia seguido de protesto. O primeiro ocorreu na sexta 2, na zona leste. Na segunda 5, na zona leste. Nos próximos dias, mais regiões de São Paulo também reagirão contra a postura do banco.
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O dirigente sindical Luzenilton Souza disse que vários bancários fizeram denúncias das demissões que ocorreram nos últimos dias e relatou clima de apreensão, medo e terror nos locais de trabalho.
"Os bancários estão tensos! Muitos nem conseguem dormir direito com medo do dia seguinte. Há casos em que os bancários trabalham o dia todo e são dispensados no final do dia, e há outros que estão em home office, por conta da pandemia, e são demitidos por meio de vídeo conferência. Realmente o banco conseguiu instalar um clima de terror entre os funcionários", comenta.
E completa. "É um absurdo essa situação, o Bradesco teve um lucro de mais de R$ 7 bilhões somente no primeiro semestre de 2020 e não há razão para demitir. Ele tem condições de manter o acordo de não demitir durante a pandemia e contratar mais. Ele se preocupa em pagar os acionistas, mas qual o papel social ele tem com seus funcionários? A pandemia ainda não acabou...", indaga.
Apoio da população
O Sindicato tem dialogado também com os usuários, população em torno e comércio local sobre o fechamento de agências e também sobre as demissões de pais e mães de família. Eles entregam uma carta aberta explicando como o fechamento de agências também afetará diretamente a eles.
"No horário do nosso protesto vemos que há muitas filas extensas do lado de fora e que os clientes têm reclamado dessa situação ainda mais nessa época de altas temperaturas. Conversamos e eles acabam entendendo que a demora ou as longas filas para o atendimento não é culpa do bancário, daí acabam apoiando nossa luta", relata Souza.
Confira como foi o protesto