Mesmo após a vitória dos trabalhadores de empresas públicas contra a resolução CGPAR 23, a direção da Caixa Econômica Federal insiste em ataques ao Saúde Caixa. A CGPAR 23 impunha um custeio de 50% pelos empregados, o que inviabilizaria o plano. Também impedia o registro do Saúde Caixa no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e o ingresso de novos participantes no plano.
Como exemplo de ataques aos direitos dos empregados, a direção do banco pretendia negar a cobertura do plano, quando se aposentarem, aos empregados contratados após 31 de agosto de 2018. Esses trabalhadores, na sua maior parte pessoas com deficiência, ficaram durante grande parte da pandemia do novo coronavírus fora da cobertura do plano, o que só foi revertido em abril de 2021, graças ao ACT 2020 e a forte mobilização do Sindicato e demais entidades representativas dos empregados.
A direção do banco quer ainda implantar a cobrança de mensalidade por indivíduo e por faixa etária, e não por grupo familiar, como é atualmente. Também pretende impor um teto de coparticipação para cada indivíduo, o que aumentaria os custos e deixaria desigual a relação, quebrando o chamado pacto geracional, que consiste em uma relação na qual os empregados mais novos utilizam menos o convênio, mas pagam os mesmos percentuais dos mais antigos e aposentados, a fim de garantir a cobertura do plano quando ficarem mais velhos ou se aposentarem.
As entidades representativas propõem a cobrança por grupo familiar e a manutenção do pacto geracional como forma de garantir a sustentabilidade do plano, bem como a sua cobertura para todos os empregados da ativa e aposentados.
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“Seguimos na resistência contra os ataques ao Saúde Caixa, continuamos cobrando da direção do banco a retomada das negociações, e é importante que os empregados se envolvam nesta luta que interfere diretamente na nossa qualidade de vida e em um direito conquistado com muita luta, mas que vem sofrendo investidas da gestão Pedro Guimarães.”
Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa