Moradores do distrito de Cipó-Guaçú, políticos da região e dirigentes sindicais e da Apcef-SP defenderam, em plenária popular, na noite dessa quinta-feira 30, a manutenção da agência Caixa no local, ameaçada de fechamento pela direção do banco público.
Os moradores destacaram a importância da unidade, única em que podem receber os benefícios do governo, como bolsa família, FGTS, além de pagar contas e realizar outros serviços bancários básicos. Eles lembraram que a outra agência da Caixa fica a cerca de 8 km daquela e o acesso é difícil, com uma só linha de ônibus que passa no máximo três vezes por dia.
“A Caixa tem um papel social importantíssimo para o país, desde a sua fundação. Foi o banco que ajudou escravos a comprarem suas alforrias, na pandemia foi o único banco a pagar auxílio, além de todos os outros benefícios sociais. Portanto, é fundamental que existam agências da Caixa nas periferias dos grandes centros urbanos, onde a população mais carente necessita de seus serviços. É principalmente nesses locais que o banco público tem de estar”, defendeu André Sardão, empregado da Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
O dirigente destacou ainda que o Sindicato defende a manutenção das agências bancárias e do emprego bancário e o papel da Caixa enquanto banco 100% público para atender a população, fomentar o crédito e, com isso, o desenvolvimento do país.
Fechamento
A unidade de Cipó-Guaçú, no município de Embu-Guaçú, faz parte de uma lista de mais de 50 unidades que teriam suas atividades encerradas, segundo anúncio feito pela Caixa em agosto. Desde então, o Sindicato vem lutando pela sua permanência, junto com a população e políticos da região. O deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT) também apoia a luta e já cobrou a permanência da agência junto à diretoria do banco.
A Caixa alega problema de rentabilidade da agência. Segundo o banco, a agência gasta aluguel e não se paga e por isso deve ser fechada. Mas a Prefeitura e a Câmara de Vereadores de Embu-Guaçu já cederam um local à Caixa para que a unidade permaneça.
“Reforçamos que lucro não pode ser tudo para um banco público como a Caixa”, acrescenta André.
