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Trabalhadores intensificam mobilização pelo Saúde Caixa e paralisam prédios em São Paulo

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Imagem mostra bancários e dirigentes na escada em frente à porta do prédio da Caixa na avenida são joaquim

Bancários da Caixa Econômica Federal protestaram em todo o país nesta quinta-feira 9 para pressionar a direção do banco a apresentar uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa.

Dentre as principais reivindicações estão:

  • Reajuste zero;
  • Cumprimento do modelo de custeio 70/30;
  • Extinção do teto de 6,5% da folha salarial para os gastos da Caixa com a saúde dos empregados;
  • Respeito aos princípios do mutualismo, solidariedade e ao pacto intergeracional.

Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que contempla a capital paulista e outros 15 municípios da sua base, os empregados paralisaram os prédios da avenida São Joaquim e do Ipiranga, além da agência Alto do Ipiranga.  

A Polícia Militar foi acionada nos prédios da São Joaquim e do Ipiranga, e interferiu na paralisação. “Mesmo assim mantivemos a paralisação até o horário previsto. A manifestação é para pressionar a Caixa em defesa dos próprios trabalhadores, até de quem chamou a polícia para nós”, enfatiza André Sardão diretor do Sindicato e empregado da Caixa.

PM acionada no prédio da São Joaquim


“Mas apesar disso, a grande maioria entendeu a importância de paralisar para cobrar do banco uma proposta decente para a renovação do ACT. Os empregados não aguentam mais aumentos dos custos com a saúde, que muitas vezes é afetada pelo próprio trabalho no banco, que se recusa a pagar uma justa parte das despesas, ainda mais diante do aumento de 70% no lucro da empresa, fruto da dedicação e muitas vezes do adoecimento dos colegas”, acrescenta o dirigente.

Proposta inaceitável

Na última negociação, realizada na terça 7, a Caixa Econômica Federal negou a extinção do teto de 6,5% da folha salarial para os seus gastos com a saúde de seus empregados e apresentou uma proposta para com aumento do percentual de contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%.

Empregados mobilizados no Ipiranga

A proposta do banco ainda prevê reajuste do valor a ser pago por dependente, de R$ 480 para R$ 672. Pela proposta da Caixa, os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofrerão reajuste médio de 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base.

Ainda conforme a proposta, o reajuste médio nas contribuições dos titulares pode chegar a 57,14%. Para os dependentes a 40% e os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados sofreria um acréscimo de 71%.

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) recusou a proposta na mesa. A próxima negociação está agendada para esta sexta-feira 10.

 “A proposta apresentada pela Caixa é inaceitável. Por isso foi negada em mesa na própria terça-feira. Seguiremos mobilizados até que a Caixa passe a respeitar os empregados, traga para a próxima mesa uma proposta decente e viável, e arque com sua responsabilidade com o Saúde Caixa”, afirma Luiza Hansen, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e membro da CEE/Caixa.

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