São Paulo – A morte de dois operários na queda de um guindaste nas obras do Itaquerão, estádio do Corinthians, em São Paulo, deve servir de alerta para que empresas, trabalhadores, sindicatos, instituições públicas, associações e governos adotem ações de prevenção de acidentes disse na quinta 28, em nota, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Carlos Alberto Reis de Paula.
Além de lamentar a morte dos trabalhadores Fábio Luiz Pereira e Ronaldo Oliveira dos Santos, o ministro lembra que a construção civil é um dos setores com maior número de vítimas de acidades de trabalho no país. “Não podemos ficar indiferentes a essa realidade, em que o trabalhador sai para trabalhar e não retorna para a sua casa”, diz trecho da nota de Reis.
O acidente ocorreu na quarta 27, quando estruturas metálicas da parte superior da arena caíram na parte de trás do estádio depois que um guindaste desabou, provocando a morte de duas pessoas. Trinta por cento da área leste do estádio foi interditada, o que corresponde a 5% do total da obra. Defesa Civil, Ministério Público e Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada, Infraestrutura e Afins do estado de São Paulo (Sintrapav SP) estiveram na obra nesta manhã para investigar as causas do acidente.
A Odebrecht Infraestrutura, responsável pela obra, e o Sport Club Corinthians Paulista afirmaram hoje, em nota, que não houve nenhum alerta prévio ao acidente e informou que a obra havia registrado 9,5 milhões de horas trabalhadas sem acidentes graves.
A empresa disse que o acidente não altera a conclusão da obra do estádio e que o Itaquerão será o palco da abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho do ano que vem.
Rede Brasil Atual - 28/11/2013
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Destaque foi feito pelo presidente do TST; defesa Civil manteve nesta quinta a interdição de 30% da área leste da obra, o equivalente a 5% da obra
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