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GT debate adoecimento da categoria

Linha fina
Conquista da campanha, grupo que discutirá causas do alto índice de problemas de saúde entre os bancários reúne-se nesta quinta
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São Paulo - “Fiquei afastada por seis meses, tomo remédio controlado há três anos”. “Apenas na minha área, três colegas foram afastados em um mês. É muita pressão para cumprir uma meta inalcançável. Isso gera angústia”. Os depoimentos são de jovens bancárias que, antes mesmo de chegar aos 30, já foram vítimas de doenças como síndrome do pânico e depressão, cada vez mais comuns entre os trabalhadores do setor financeiro.

“Os bancários estão entre as categorias que mais adoecem física e psiquicamente. Isso é comprovado por pesquisas e por dados do INSS”, diz a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares. Ela destaca que em 2012, segundo o INSS, foram 21.144 afastamentos, dos quais 25,7% por transtornos mentais e 27% por LER/Dort.

Até julho deste ano, já foram 10.936 afastamentos, sendo 26,7% por transtornos mentais e 25,1% devido a doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo.

São as causas dos altos índices de adoecimento entre a categoria que começam a ser discutidas nesta quinta-feira, primeira reunião do grupo de trabalho bipartite, formado por representantes dos trabalhadores e da federação dos bancos, para tratar do assunto. A criação do GT foi uma das conquistas da Campanha 2013 e está prevista na cláusula 61ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2013/2014.

Marta explica que o grupo terá como desafio futuro entender e desenvolver práticas e estudos dos problemas que levam os bancários a esses números alarmantes de adoecimento. “A melhoria das condições de trabalho esteve entre as principais reivindicações da categoria na campanha deste ano. Os bancários não suportam mais tanta pressão pelo cumprimento de metas cada vez maiores. Precisamos mudar essa realidade.”


Andréa Ponte Souza - 6/11/2013
(Atualizada às 14h30 de 7/11/2013)

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